McDonald’s perde US$ 14 bilhões em valor de mercado após surto de bactéria em sanduíches nos EUA

O McDonald’s enfrentou uma perda significativa de US$ 14 bilhões em valor de mercado após um surto de bactéria em seus sanduíches nos Estados Unidos. O incidente, que ocorreu recentemente, levou a uma série de hospitalizações e uma drástica perda de confiança dos consumidores na marca.
 
Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), o surto de bactéria afetou várias regiões do país, resultando em numerousos casos de doenças e, em alguns casos, hospitalizações. A bactéria identificada foi a E. coli, conhecida por causar sintomas graves como diarreia sanguinolenta e dor abdominal.
 
A reação do mercado foi imediata e severa. O valor das ações da empresa caiu significativamente, refletindo a preocupação dos investidores com a reputação e a estabilidade financeira do McDonald’s. A perda de US$ 14 bilhões em valor de mercado é um dos maiores impactos financeiros enfrentados pela empresa em anos recentes.
 
O CEO do McDonald’s, Chris Kempczinski, expressou sua preocupação e compromisso em resolver a situação. “Estamos trabalhando arduamente para identificar a fonte do surto e garantir que nossos produtos sejam seguros para consumo. A confiança dos nossos clientes é nossa prioridade número um,” disse Kempczinski.
 
A empresa já iniciou uma investigação interna e está colaborando com as autoridades de saúde pública para contornar a situação. Além disso, o McDonald’s está implementando novas medidas de segurança alimentar para prevenir futuros incidentes.
 
O surto de bactéria não apenas afetou o valor de mercado da empresa, mas também levantou questões sobre a segurança alimentar em restaurantes fast-food. 
 

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Brasileiro é vítima de tráfico humano após cair em falsa proposta de emprego na Ásia

Um paulistano de 31 anos, Luckas Viana dos Santos, tornou-se mais uma vítima de tráfico humano na Ásia após cair em uma falsa proposta de emprego. Residente na Tailândia, Luckas recebeu, no início de outubro, uma oferta para trabalhar na área de tecnologia em Mae Sot, cidade tailandesa na fronteira com Mianmar, com um salário de US$ 1,5 mil (aproximadamente R$ 8 mil).

De acordo com informações do UOL, ao chegar no local, Luckas descobriu que havia sido enganado e estava sendo explorado. Ele, que já morava entre as Filipinas e a Tailândia há quase um ano, foi contatado por meio de uma chamada de vídeo com supostos profissionais de recursos humanos, e, após algumas trocas de mensagens, aceitou a proposta. Durante a viagem, que se estendeu mais do que o esperado, ele começou a desconfiar da situação.

Luckas mandou mensagens para um amigo brasileiro, relatando as trocas de veículos e uma travessia de barco por uma área de selva. Quando avistou placas em birmanês, o medo aumentou. Ele escreveu: “Parece tráfico”, e pediu que seu amigo acionasse a polícia. Porém, a situação piorou quando ele percebeu a presença de pessoas armadas, e logo perdeu o contato.

A última comunicação de Luckas foi com sua mãe, Cleide Viana, onde ele disse estar bem, mas que precisaria entregar seu celular. Depois disso, ele ficou incomunicável por dois dias, até conseguir fazer uma ligação rápida, na qual relatou estar em perigo. Durante a chamada, ele pediu para que avisassem sobre sua situação, dizendo que não podia falar muito, pois estava sendo vigiado. Sua mãe ouviu uma língua diferente ao fundo, e um pedido para que Luckas falasse inglês com ela, o que ele não sabia.

Nos dias seguintes, Luckas enviou mensagens esporádicas pelo Telegram, utilizando números desconhecidos e linguagem codificada. Ele descreveu um cenário de trabalho forçado, com jornadas de mais de 15 horas sob vigilância constante, ameaças e punições físicas severas, como choques elétricos que causaram ferimentos. “Minha vida corre perigo”, escreveu ele em uma das mensagens, pedindo que suas fotos fossem compartilhadas nas redes sociais.

A família de Luckas foi informada de que ele havia sido traficado para aplicar golpes financeiros online e relatou ter presenciado a venda de outras pessoas. O brasileiro contou sobre o caso de duas angolanas, com quem fez amizade, que foram vendidas por traficantes. “Ele queria chorar, mas não podia, porque, se chorasse, seria punido”, revelou uma prima.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil confirmou que há casos semelhantes com brasileiros em Mianmar, sendo vítimas de falsas ofertas de emprego, principalmente no setor financeiro. As vítimas são forçadas a trabalhar em condições análogas à escravidão, com seus documentos sendo confiscados. Estima-se que cerca de 120 mil pessoas estejam em situações semelhantes apenas em Mianmar.

O governo brasileiro acompanha o caso de Luckas por meio de suas embaixadas na região e presta assistência consular à família, mas o paradeiro do brasileiro permanece desconhecido desde o final de outubro. Desesperada, a mãe de Luckas apela por ajuda: “Não estou raciocinando direito e não tenho mais condições de viver enquanto meu filho não voltar”, desabafou Cleide.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp