Henrique Meirelles, pré-candidato do MDB a disputa do Palácio do Planalto, vem sofrendo pressões dentro do próprio partido. Dirigentes emedebistas levantaram a possibilidade de abandonar a candidatura do ex-ministro caso ele não cresça nas pesquisas até a convenção do partido, que deve acontecer entre o final de julho e o início de agosto.
Segundo a última pesquisa divulgada pelo Datafolha, Meirelles tem 1% das intenções de voto. A meta estipulada pelo MDB, é que até a convenção que decidirá quem será o candidato do partido, o ex-ministro encoste-se ao Tucano Geraldo Alckmin, pré-candidato do PSDB e que tem entre 6% e 7% das intenções de voto dependendo do cenário, segundo o Datafolha.
Um ala emedebista garante que o partido não terá outro candidato à Presidência caso Meirelles não atinja a meta estipulada pelos dirigentes. Se esse cenário se configurar, a legenda não terá outro candidato e cada um ficará livre para apoiar quem quiser.
Outro grupo do MDB faz de tudo para emplacar um Plano B, lançando como candidato Nelson Jobim. A ideia de colocar na disputa o também ex-ministro agrada os tucanos, que o veem como uma boa opção de vice na chapa do paulista Geraldo Alckmin.
Com empresários do ramo financeiro pressionando a viabilização de Meirelles e um clima de incertezas rondando o partido devido ao número das pesquisas, o MDB ainda não tem o cenário político definido para as próximas eleições.