MDB e Sandro Mabel vão alinhar discurso nesta sexta-feira, 3

Vice-governador Daniel Vilela, presidente do MDB; e empresário Sandro Mabel, pré-candidato a prefeito de Goiânia, reúnem-se nesta sexta-feira com vereadores do MDB na sede do partido, no setor Aeroporto. Foto Daniel: André Costa

O vice-governador e presidente regional do MDB, Daniel Vilela, comanda, na tarde desta sexta-feira, 3, reunião com o pré-candidato a prefeito Sandro Mabel (UB), com os 11 vereadores da bancada emedebista na Câmara Municipal e com o presidente da legenda na capital, Agenor Mariano. Líderes do partido, como o ex-presidente do TCM, Paulo Ortegal, que foi fiel escudeiro do ex-prefeito Iris Rezende, também devem participar do encontro que será realizado na sede do diretório, no setor Aeroporto.

Oficialmente, Daniel descarta temas polêmicos ou de cunho decisório para a reunião desta sexta. Prevê algo informal, que sirva para aproximar (ainda mais) os emedebistas de Mabel, que concorre à prefeitura com o apoio do governador Ronaldo Caiado (UB) e dos aliados que estão em sua órbita, como o próprio MDB.

Mas na prática, o encontro deve servir para alinhar o discurso em relação a determinadas questões que têm chamado mais a atenção do que o projeto liderado por Mabel. Questões como a indicação do nome que será seu companheiro de chapa e que, por sua vez, tem evidenciado divergências dentro do MDB.

Um grupo formado majoritariamente pelos vereadores do partido entende que a vice deve ser reservada a um emedebista; outros líderes, como o ex-prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha, acreditam que a vaga pode ser de outra legenda para que Mabel, assim, consiga trazer para o centro de sua campanha o maior número possível de partidos aliados.

Daniel tem dito que esse debate é “precipitado”, embora considere justos os argumentos defendidos pelos dois grupos. Em entrevista à Rádio CBN nesta quinta, ele sinalizou que deve tentar pacificar o partido. O vice-governador disse que, de fato, o MDB tem credenciais para indicar o vice. Mas que a princípio, o posto deveria ser destinado a um nome que hoje coloca-se como pré-candidato a prefeito e que, lá na frente, a depender das negociações, recuaria e aceitaria caminhar ao lado de Mabel – ou então que respaldasse um nome com este mesmo objetivo.

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Presidente da Câmara, Romário Policarpo tenta valorizar passe do PRD junto a Sandro Mabel

Presidente da Câmara, Romário Policarpo tenta valorizar passe do PRD junto a Sandro Mabel

Pré-candidato a prefeito de Goiânia, o empresário Sandro Mabel (UB) parece ter entendido o “recado” passado, neste final de semana, pelo presidente da Câmara, Romário Policarpo (PRD), e compareceu à sede do Legislativo nesta terça-feira, 9. Romário “cogitou” levar seu PRD para a pré-campanha à reeleição do prefeito Rogério Cruz (SD); e entre os argumentos, o de que tem indicações no primeiro escalão do Paço Municipal.

O PRD, assim como PSB, Agir, PMB e Avante, integra (ou integrava) um bloco articulado pelo presidente da Assembleia, Bruno Peixoto (UB), para fortalecer sua pré-candidatura a prefeito. Na sequência, o mesmo bloco acertou com Sandro Mabel que indicaria o pré-candidato a vice-prefeito dele.

Mas fato é que Avante e Agir já protagonizaram eventos recentes em que declararam apoio a Sandro, ao passo que o PSB é dado como certo na chapa da pré-candidata Adriana Accorsi (PT) via costuras feitas em âmbito nacional.

Vendo então que seu PRD correria o risco de ter seu passe desvalorizado, já que as demais legendas daquele bloco já seguiram seu rumo, houve então esta “ameaça” pública de compor com Rogério – segundo avaliações do QG de campanha de Mabel – que, diga-se de passagem, não exonerará, pelo menos não por agora, indicados de Romário Policarpo sob pena de ter mais problemas do que os que já tem.

Para demonstrar que está disposto a trabalhar pelo maior número de aliados possíveis em torno do seu projeto, Sandro foi hoje à Câmara, onde conversou com o presidente da Casa. Aliás, sua ida foi no mesmo dia em que CCJ deu sinal verde para votação do projeto de autoria do Executivo que permite a prefeitura vender 76 áreas públicas. Ele diz ser contra a matéria e afirma que os espaços podem ser usados para construção de CMEIs e unidades de saúde. A tramitação do projeto em plenário – incluindo aí se entrará em pauta antes ou somente depois do recesso dos vereadores – será um bom indicativo de quão produtiva foi a conversa entre Romário e Mabel.

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