MDB rompe com Rogério Cruz e secretários assinam renúncia

Na manhã desta segunda-feira, 5, durante uma coletiva de imprensa, o presidente do MDB em Goiás, Daniel Vilela, oficializou o rompimento com a gestão do prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos).

O rompimento aconteceu após a insatisfação dos emedebistas com a reforma administrativa feita pelo partido Republicanos. Segundo Daniel, houve tentativa de conversa com o Paço, mas sem respostas. “Começaram a fazer trocas que não haviam sido combinadas e começaram a afetar os trabalhos. Perguntei ao prefeito, que disse que eram boatos, mas eles acabaram se confirmando”, afirmou ele.

Na ocasião, outros 14 nomes também deixaram seus cargos, entre eles: Agenor Mariano (Planejamento Urbano e Habitação); Alessandro Melo (Finanças); Carlos Júnior (Desenvolvimento e Economia Criativa); Euler Morais (Relações Institucionais); Leandro Vilela (Extraordinário); Antônio Flávio de Oliveira (Procurador-Geral); Colemar José de Moura Filho (Controlador-Geral); Pedro Chaves (Mobilidade); Murilo Ulhoa (Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos); José Frederico Lyra Netto (Escritório de Prioridades Estratégicas); Filemon Pereira (Direitos Humanos e Políticas Afirmativas); e Gean Carvalho (Secretário Executivo de Assuntos Estratégicos).

Em carta aberta destinada à população de Goiânia, os secretários que deixaram os cargos afirmaram que “quem está comandando hoje a Prefeitura de Goiânia é a direção nacional do Republicanos, a partir de nomes de fora de Goiás indicados por eles para funções estratégicas na administração”.

A carta dizia também que “Rogério Cruz age com deslealdade e trai o legado de Maguito, quebrando também o voto de confiança conferido nas urnas pelos goianienses”.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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