A organização Me Too Brasil e sua diretora, Marina Ganzarolli, protocolaram no Supremo Tribunal Federal (STF) uma queixa-crime contra o ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, por difamação. A ação foi apresentada na segunda-feira, 10, sob a relatoria da ministra Cármen Lúcia.
Segundo a Me Too Brasil, Silvio Almeida usou de forma inadequada a estrutura pública para atacar a organização. Em setembro de 2024, o Ministério dos Direitos Humanos divulgou uma nota alegando que a instituição teria tentado interferir em uma licitação do órgão. Contudo, o ministério desmentiu a existência de qualquer tentativa de interferência ou investigações a respeito.
Apoio às vítimas de violência Sexual
A Me Too Brasil atua apoiando vítimas de violência sexual por meio da escuta humanizada. Esta não é a primeira vez que a organização sofre ataques de acusados de assédio sexual, em uma estratégia para descredibilizar os relatos das vítimas e desviar o foco da apuração dos fatos.
Em setembro de 2024, a Me Too divulgou ter recebido denúncias anônimas de assédio sexual contra Silvio Almeida. As acusações foram apresentadas de maneira genérica, indicando que o ex-ministro teria cometido assédio contra várias pessoas, incluindo a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Após a divulgação, Almeida foi demitido do ministério pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-ministro nega as acusações.