A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro aprovou a entrega da Medalha Tiradentes, a maior honraria do Poder Legislativo Fluminense, ao escritor Marcelo Rubens Paiva. A cerimônia de entrega do prêmio ainda não tem data definida. A iniciativa partiu da deputada Verônica Lima (PT), que também protocolou um projeto para que o nome do pai de Marcelo, o ex-deputado Rubens Paiva no Livro dos Heróis e Heroínas do Estado do Rio de Janeiro. A trajetória da família Paiva é um dos marcos da história brasileira, simbolizando a resistência contra a Ditadura Militar e a luta por democracia e direitos humanos.

Autor do livro que baseou o filme “Ainda Estou Aqui”, Marcelo acredita que o filme é um símbolo de reconciliação do Brasil ao retratar o desaparecimento de seu pai, Rubens Paiva, na época da ditadura militar, e a luta de sua mãe por décadas. “Ainda estou aqui” foi indicado à principal categoria do Oscar 2025, de Melhor Filme. É a primeira vez na história que um filme brasileiro disputa a maior categoria do Oscar. A produção também tem outras duas indicações: Filme Internacional e Melhor Atriz (Fernanda Torres). A premiação acontece neste domingo (2), com transmissão ao vivo da TV Globo.

Além da Medalha Tiradentes para Marcelo, a família Paiva também pode ter mais um reconhecimento da Alerj em breve. Isso porque a deputada Verônica Lima também protocolou um projeto para que o pai de Marcelo, o ex-deputado Rubens Beyrodt Paiva tenha seu nome incluído no Livro dos Heróis e Heroínas do Estado do Rio de Janeiro. A homenagem ainda será votada pelos deputados. “A história de Rubens Paiva e Marcelo Rubens Paiva é um testemunho da resistência contra a Ditadura Militar e da luta incansável por memória, verdade e justiça. Ao inscrever Marcelo no Livro dos Heróis e Heroínas do Estado e conceder a Medalha Tiradentes a Rubens Paiva, estamos reafirmando nosso compromisso com a democracia e com todas as famílias que sofreram com a repressão”.

De acordo com a deputada, a produção dirigida por Walter Salles também impulsiona a economia criativa e a visibilidade do Brasil no cenário internacional. “O cinema tem o poder de sensibilizar e educar, trazendo para o presente, histórias que não podem ser esquecidas. ‘Ainda Estou Aqui’ é mais do que um filme; é uma denúncia e um tributo à resistência. Valorizar essa produção também é valorizar nossa cultura e nossa democracia”, destacou a deputada.