Média de 500 toneladas de lixo é retirada das bocas de lobo mensalmente em Goiânia

Média de meia tonelada de lixo é retirada das bocas de lobo mensalmente em Goiânia; trabalho é realizado pela Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana

A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra), intensifica a limpeza de bueiros e bocas de lobo pela Capital. O trabalho é realizado em todas as regiões de forma diária e intensificado em períodos chuvosos, com a retirada, em média, de 500 toneladas de lixo de dentro dos canais de escoamento de água. Conforme dados da pasta, no mês de janeiro, foram retiradas 620,34 toneladas de lixo e em fevereiro 476,28 toneladas. De setembro a dezembro de 2023, servidores da pasta retiraram mais de 1,1 milhão de resíduos das bocas de lobo.

O titular da Seinfra, Denes Pereira, revela que chama atenção a grande quantidade de resíduos sólidos dentre garrafas, pedaços de papel, plásticos, latinhas, sacos de lixo, entre outros que são retirados diariamente da rede de drenagem da Capital. “Quanto mais a população colaborar, mais os recursos da Prefeitura poderão ser investidos de outras formas”, avalia o secretário, ao enumerar que o gasto mensal da Seinfra com o serviço que poderia ser evitado é de mais de R$ 16 milhões.

Denes Pereira frisa que a conscientização da população é essencial, sendo parceira do município no objetivo de evitar alagamentos, principalmente descartando o lixo de forma adequada. “Todo lixo jogado na rua, com as chuvas, é levado para as bocas de lobo. Faz-se necessário que as pessoas descartem o lixo sempre nos locais corretos. Lixo jogado na rua é levado para os bueiros, causando entupimento”, afirma, ao acrescentar que de setembro de 2023 e fevereiro de 2024, a Seinfra construiu 895 bocas de lobo e recuperou outras 1.048, em um serviço que é realizado com uma média de 30 servidores, além de outros 30 que formam equipes nos 10 caminhões hidro jato.

Os locais para realização do serviço são escolhidos de acordo com a necessidade da rede de drenagem local e têm como objetivo mitigar ou amenizar possíveis pontos de alagamento. As solicitações são feitas pela população por meio do aplicativo Prefeitura 24H; protocoladas junto à Seinfra; ou ainda, por meio de ofícios. Depois de solicitadas, a equipe técnica faz uma avaliação e, se for o caso, a boca de lobo é construída.

Inteligência artificial

Para auxiliar no trabalho, a Seinfra conta com carro que faz uso de uma inteligência artificial para o mapeamento de problemas de infraestrutura e mobilidade ao percorrer as ruas de Goiânia. O serviço identifica bueiros sem tampa, buracos em vias e entulho nas ruas por meio de uma câmera de alta definição acoplada no teto do veículo. De acordo com os dados da Seinfra, o veículo inteligente identificou mais de 3 mil bocas de lobo sem tampa nos últimos seis meses.

 

 

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp