Médica é condenada a 11 anos de prisão por atirar no ex na frente do filho em SC
No ano de 2024, aconteceu um crime chocante em Santa Catarina. A médica Lenise Fernandes Sampaio Cruz foi condenada a 11 anos, 1 mês e 10 dias de prisão por atirar contra o ex-companheiro em Jaraguá do Sul, cidade do Norte de Santa Catarina. O triste incidente ocorreu em agosto, quando o homem, um policial de Campo Grande (MS), estava na cidade para passar o Dia dos Pais com o filho do casal.
O julgamento da médica foi concluído após mais de 12 horas de sessão. Ela foi condenada por tentativa de homicídio qualificado, por motivo torpe e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. A pena inicial será cumprida em regime fechado. O ex-companheiro sobreviveu aos disparos, ficou internado, e hoje detém a guarda da criança.
O crime em questão foi premeditado, segundo a Polícia Civil. A ré invadiu o apartamento do ex e se escondeu em um armário por aproximadamente uma hora antes de efetuar os tiros. A médica alegou, inicialmente, agir em legítima defesa, porém, as autoridades suspeitaram de suas verdadeiras intenções. Ela chegou a alugar um apartamento próximo e entrou no imóvel armada, indicando um planejamento detalhado do ato.
A pistola utilizada nas tentativas de homicídio era de propriedade da suspeita, que possuía certificado de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC). A arma foi apreendida após os eventos. Além disso, uma medida protetiva envolvendo o casal estava em vigor, proibindo qualquer forma de contato entre eles. No entanto, a médica e a vítima compartilharam um histórico de relacionamento conturbado, indo de um estado ao Nordeste do país até desembarcar em Jaraguá do Sul, onde ocorreu o crime.
O filho do ex-casal presenciou parte da ação. Mesmo estando em outro andar do edifício, ele subiu ao ouvir os disparos, testemunhando a terrível cena. A médica, que atuava como clínica geral temporária na prefeitura local, resistia em permitir o contato entre pai e filho, desrespeitando decisões judiciais que autorizavam as visitações. O pai, por sua vez, havia recebido a guarda temporária da criança após uma ordem de busca e apreensão ser cumprida.
O g1 buscou contato com a defesa da médica condenada, porém não obteve resposta até o fechamento deste artigo. O trágico episódio serve como alerta para a gravidade das consequências de atos violentos e planejados. A justiça foi feita, mas cabe relembrar que a violência nunca é uma solução adequada para resolver conflitos pessoais. Que a história dessa família sirva de aprendizado para evitar tragédias similares no futuro.




