Médica sofreu traumatismo craniano após ser agredida por paciente, em Novo Gama

Uma médica sofre um traumatismo cranioencefálico após ser agredida por um casal, em Novo Gama, Entorno do Distrito Federal. Sabrina de Oliveira Lacerda, se recusou a dar um atestado de Covid-19, sem a paciente realizar o exame. O caso ocorreu na última quinta-feira (28/1).

De acordo com o marido de Sabrina, Gabriel Lacerda, que também é médico,a esposa está abalada fisicamente e emocionalmente.

“Minha esposa ficou com um traumatismo cranioencefálico, ainda classificado como leve. Ela teve uma lesão na região temporal e ficou com muita dor muscular, precisou ser medicada.

Ela continua com muita dor, muito abalada, tanto fisicamente quanto emocionalmente, pela situação”, disse Gabriel.

Entenda o caso

Segundo Gabriel, uma paciente disse que estava com covid-19 e queria um atestado médico. Sabrina, então disse que pediria um teste para confirmar o diagnóstico. Insatisfeita, a paciente teria atacado a médica e batido a cabeça dela contra a parede e chão. Além de dar socos.

Gabriel disse ter tentado separar a briga, neste momento o esposo da paciente entrou no meio e bateu na médica e em Gabriel.

Os agressores foram levados para a delegacia, onde assinaram um termo circunstanciado de ocorrência e foram liberados.

Após ter ciência do caso, a prefeitura de Novo Gama publicou um nota de repúdio contra a agressão.

“Repudiamos veementemente as agressões sofridas por nossos colaboradores, empenhados no trabalho de salvar vidas, e se solidariza com as equipes e família”, destaca a nota.

Nota na Íntegra:

A PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVO GAMA E O PREFEITO CARLINHOS DO MANGÃO REPUDIAM AS AGRESSÕES SOFRIDAS PELOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE NO CENTRO DE REFERÊNCIA DA COVID-19 NO MONT SERRAT

Com o agravamento da pandemia, os desafios dos profissionais da saúde, que já não eram poucos, se multiplicaram. Nesta quinta-feira, 27, nossos profissionais da saúde sofreram agressões verbais e corporais no Centro de Referência da Covid-19 no Mont Serrat.

Já estamos tomando as devidas providências judiciais que estão sendo apuradas pela Polícia. Repudiamos veementemente as agressões sofridas por nossos colaboradores, empenhados no trabalho de salvar vidas, e se solidariza com as equipes e familiares.

Nossos profissionais merecem nada menos que respeito, direito garantido pela Constituição, para todos os profissionais e cidadãos, conforme as Leis que tipificam os seguintes crimes:

Ameaça – Art. 147 – Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave. Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa.

Constrangimento ilegal Art. 146 – Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda: Pena – detenção, de três meses a um ano, ou multa.

Lesão corporal – Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: Pena – detenção, de três meses a um ano.

O Código Penal prevê, ainda, o crime de desacato no art. 331: Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela: Pena – detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. Desacatar significa “menosprezar a função pública exercida por determinada pessoa”.

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Procurador da República abre inquérito para investigar ação da PRF

O procurador da República no Rio de Janeiro, Eduardo Santos de Oliveira Benones, coordenador do Controle Externo da Atividade Policial, instaurou um procedimento investigatório criminal para apurar os motivos que levaram três policiais rodoviários federais a atirarem diversas vezes contra um carro com cinco pessoas da mesma família, na Rodovia Washington Luís (BR-040), na véspera de Natal. Um dos tiros atingiu a jovem Juliana Leite Rangel, 26 anos, na cabeça. O pai de Juliana, Alexandre Rangel, sofreu um ferimento na mão.

Na medida, o procurador determina que a Polícia Federal fique à frente das investigações e que a Polícia Rodoviária Federal forneça a identificação dos agentes envolvidos no caso e a identificação dos autores dos disparos contra o carro da família.

Benones determinou ainda o afastamento imediato das funções de policiamento dos agentes envolvidos, além do recolhimento e acautelamento das armas, de qualquer calibre ou alcance em poder dos agentes rodoviários, independente de terem sido usadas ou não para a realização de perícia técnica. Ele também quer saber se a PRF prestou assistência às vítimas e seus familiares e qual é o tipo de assistência.

O procurador da República Eduardo Benones determinou ainda que a Polícia do MPF faça diligências no Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, onde Juliana está internada, para apurar o estado de saúde da vítima, com declaração médica, e a identidade da equipe responsável pelo acompanhamento do tratamento da paciente.

Benones também expediu ofício à Concessionária Rodoviária Juiz de Fora-Rio (Concer) requisitando as imagens da noite do dia 24, entre 20h e 22h.

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