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Medicamento promete reduzir ISTs em até 72 horas após sexo desprotegido

Última atualização 20/03/2023 | 17:32

Cientistas desenvolveram um medicamento que impede o desenvolvimento de alguns tipos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). O estudo de uma universidade francesa revelou o que pode ser um tipo de pílula do dia seguinte para sífilis, clamídia e gonorreia. A novidade já está sendo oferecida em algumas cidades norte-americanas. 

 

O medicamento doxiciclina já é utilizado para combater malária e pneumonia bacteriana. O novo uso teria resultado somente se administrado em até 72 horas após o sexo desprotegido. Na prática, uma única dose do remédio reduziria o risco de contrair as ISTs. 

 

Os efeitos foram observados somente em homens que fazem sexo com homens e mulheres trans. As mulheres cisgênero não tiveram resultados satisfatórios. A pesquisa apontou que houve queda de 84% da chance de ocorrer clamídia ou sífilis e de 50% para gonorreia. O estudo foi realizado com 232 homens que tomavam medicamentos diariamente contra o HIV. 

 

A Profilaxia Pós-Exposição (PEP) seria mais uma estratégia contra as infecções transmitidas pelo sexo. Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece medicações como medida de prevenção de urgência para ser utilizada em situação de risco à infecção pelo HIV, contra o vírus da hepatite B e para outras ISTs. 

 

Para evitar as IST, a orientação do Ministério da Saúde é o uso de camisinhas masculina e feminina em todas as relações sexuais. O SUS também oferece medicamentos para antes da relação sexual desprotegida.

 

O infectologista Marcelo Daher defende a conscientização. “Faltam campanhas sobre todas as IST’s. Elas estão em alta no Brasil. A varíola dos macacos, inclusive, está se comportando como uma IST, o que exige ações de prevenção e esclarecimentos para a população. Os programas de IST/Aids são exemplo para o mundo. Seria importante o governo adotar medidas de prevenção ao invés de investir apenas em tratamento”, frisa

 

Em Goiás, a quantidade de casos de sífilis se mantém com tendência de alta nos últimos cinco anos, incluindo durante a pandemia de coronavírus. A Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) registrou 3.934 casos de janeiro a setembro do ano passado. Os números da pasta evidenciam outro lado perverso da doença: as infecções em gestantes e em bebês. As mulheres grávidas com sífilis somam 1.479  somente até o início de agosto de 2022. 

 

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