Médico bêbado flagrado atendendo em hospital público recebia Bolsa Família, investigação em andamento pela Corregedoria da Secretaria de Saúde do DE.

Médico flagrado trabalhando bêbado recebia Bolsa Família mesmo sendo servidor da Secretaria de Saúde

Um médico que atendia em hospital público do DE foi flagrado atendendo bêbado por um paciente que filmou a situação constrangedora. O servidor em questão é Izailson Chaves Rocha de França, de 46 anos, que, mesmo sendo servidor da Secretaria de Saúde do DE, recebeu parcelas do Bolsa Família por nove meses, mesmo com um salário líquido de R$ 18 mil em outubro passado.

As informações sobre as quantias recebidas pelo médico e seu salário foram encontradas no Portal da Transparência da Controladoria-Geral da União (CGU). Após o ocorrido, a defesa do médico preferiu não se pronunciar sobre o assunto. Izailson também já foi diretor do Hospital Regional de Taguatinga (HRT), mas acabou sendo exonerado após assumir o cargo. Ele ainda teve problemas com o Detran-DF e teve sua carteira de motorista cassada por dirigir com a CNH suspensa.

A secretária de Saúde do DE, Lucilene Florêncio, manifestou que o caso está sendo investigado pela Corregedoria para apurar a conduta do médico. Izailson era o clínico geral de plantão no Hospital Regional de Samambaia (HRSam) e foi flagrado chegando com sinais de embriaguez por volta das 5h. Diversas testemunhas relataram que o médico estava sem identificação, jaleco ou crachá e seguia direto para a sala de repouso.

A paciente que presenciou a situação desagradável filmou o médico e destacou a incapacidade do profissional em desempenhar suas funções de maneira adequada devido ao estado de embriaguez. O namorado da mulher contatou a polícia, resultando na tentativa de fuga do médico pelos fundos do hospital. Após ser detido pela Polícia Militar a quatro quilômetros da instituição, foi constatada a desorientação do médico, que apresentava sinais de alcoolemia.

O médico foi levado à delegacia, onde pagou fiança de R$ 5 mil e foi liberado. Ele deve responder por embriaguez ao volante. Essa situação gerou repercussão negativa na região do DE, reforçando a importância da conduta ética e responsável dos profissionais da saúde. A população espera que medidas sejam tomadas para evitar que casos como esse se repitam no futuro, visando garantir a segurança e o bem-estar dos pacientes atendidos em hospitais públicos. Para mais notícias sobre a região, confira o DE.

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Impacto da alta do dólar: inflação, Selic e crescimento econômico em xeque.

Entenda como a disparada do dólar afeta o bolso do brasileiro

Na prática, valorização da moeda americana exerce pressão tanto sobre a inflação como, por tabela, na taxa básica de juros, a Selic

A alta do dólar tem forte impacto na economia – e no bolso dos consumidores. Isso porque, na avaliação de Márcio Holland, professor na Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EESP) e ex-secretário de Política Econômica no Ministério da Fazenda (2011-2014), a disparada da moeda americana tem efeito direto na inflação.

“A tendência é que, com o dólar avançando, os preços das importações subam muito, seja de bens de capital (máquinas e equipamentos), seja de bens de consumo”, diz Holland. “Isso implica menor taxa de investimento, de um lado, e perda de poder de compra das famílias brasileiras, de outro.”

O economista observa que, para conter a pressão inflacionária, aumenta a possibilidade de o Banco Central (BC) elevar ainda mais a taxa básica de juros, a Selic. Há duas semanas, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC subiu a Selic de 11,25% para 12,25% ao ano. O mercado trabalha com estimativas de que a taxa deve chegar a cerca de 15% ao ano no fim de 2025. Algumas casas de análise já falam em 16%. E os juros só devem voltar a cair no Brasil em 2026.

Os juros altos, por sua vez, atuam como inibidores do crescimento econômico. Algo que, na avaliação de economistas, pode afetar não só a inflação, mas os níveis de emprego do país.

TRANSFERÊNCIA ELEVADA

“Assim, são muitos os impactos da desvalorização cambial”, afirma Holland. “Como a economia está aquecida, crescendo acima de seu potencial, a transferência da desvalorização cambial para preços tende a ser elevada. Isso requer mais ações do BC, como leilões cambiais e aumento na dosagem maior de taxa de juros.”

O professor da FGV acrescenta que a deterioração das expectativas está sendo causada pela condução da política fiscal. “Ela tem provocado forte desvalorização cambial e isso acaba impactando em mais pressão sobre a inflação e Selic maior”, diz.

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