Médico denuncia governador do Tocantins por esquema de corrupção

Mauro Carlesse, governador do Tocantins é afastado do cargo por suspeita de corrupção.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou, no dia 20 de outubro, o afastamento do governador do Tocantins, Mauro Carlesse (PSL) por 6 meses para investigação sobre pagamento de propina relacionada ao plano de saúde dos servidores do estado e obstrução de investigação. Em entrevista, o médico que denunciou o esquema, deu detalhes sobre a corrupção.

Ao Fantástico, o médico Luciano Teixeira, explicou sobre o suposto pagamento de propina aos empresários do ramo de saúde “Tinha que dar um cheque para eles antes, para depois receber”, disse ao ser questionado sobre o recebimento do governo. De acordo com a Polícia Federal, empresas eram usadas para emitir nota fiscal de produtos que não existiam e aí, os hospitais e clínicas extorquidos, pagavam os valores da propina no valor da nota para ela depois ser cancelada. Caso não fizessem isso, o governo estadual não repassava os valores que deveriam ser pagos pelos atendimentos prestados aos servidores.

Família do médico é dona de um dos maiores hospitais do Tocantins.

Teixeira, em suas redes sociais, disse ainda que algumas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) estão fechadas por falta do repasse do Plansaúde (plano de assistência médica dos servidores públicos do Tocantins). O médico informou que o governo sistematicamente atrasava os pagamentos do plano com a intenção de “criar uma dificuldade para vender uma facilidade”, referindo ao pagamento das propinas para receber os repasses do governo.

Os valores das propinas eram negociados pelo Secretário Especial de Parcerias e Investimentos, Claudinei Aparecido Quaresemin, sobrinho do governador. Luciano disse que em junho de 2019, os administradores do hospital da família se reuniram com o secretário para a cobrança das dívidas do Plansaúde. Um vídeo foi registrado dois meses depois dessa reunião com o suposto pagamento das propinas.

Frame do vídeo com o suposto pagamento das propinas (Foto: Fantástico)

Em nota a Globo, a defesa do governador e do sobrinho disseram que os dois exerceram as suas funções de forma correta e que ainda não tiveram acesso às investigações e nem foram ouvidos pela Justiça.

Governador do Tocantins nega as acusações

O governador Mauro Carlesse, após afastamento, publicou um vídeo, no dia 22 de outubro, se defendendo:

“Eu estou tranquilo. Eu quero agradecer a toda comunidade que tem me apoiado, me ajudado, tem me mandado mensagens de carinho. E dizer que, brevemente, estaremos de volta com fé em Deus e provarei sim a minha inocência”, disse.

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STF rejeita queixa de Michelle Bolsonaro contra Erika Hilton

Nesta quinta-feira, 26, o Supremo Tribunal Federal (STF) tomou uma decisão significativa, rejeitando a queixa apresentada por Michelle Bolsonaro contra a deputada federal Erika Hilton. A queixa foi motivada por um comentário feito por Erika Hilton em março, que criticava a entrega do título de cidadã paulistana à ex-primeira-dama.

A decisão do STF mantém a imunidade parlamentar de Erika Hilton, protegendo-a de processos judiciais por declarações feitas no exercício de seu mandato. Essa imunidade é uma garantia constitucional para os parlamentares, permitindo-lhes expressar suas opiniões sem medo de represálias legais.

Acusações

Michelle Bolsonaro havia acusado Erika Hilton de injúria e difamação, alegando que as declarações da deputada a ofenderam. A ex-primeira dama pedia uma indenização de R$ 15 mil pelos comentários feitos pela parlamentar em março deste ano.

Na época, a psolista escreveu: “Não dá nem para homenagear Michelle Bolsonaro por nunca ter sumido com o cachorro de outra família porque literalmente até isso ela fez”. O comentário se refere ao caso do animal adotado pela ex-primeira-dama em 2020 que já tinha dono.

No entanto, o STF considerou que as afirmações de Erika Hilton estavam cobertas pela imunidade parlamentar, o que a isenta de responsabilidade legal por essas declarações.

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