Médico do Samu é denunciado por violência e assédio por profissionais de saúde: investigações em curso

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Subiu para oito o número de profissionais de saúde que denunciaram o médico Luís Gonzalo Velarde Acosta, de 38 anos, por práticas de violência física, psicológica, virtual e patrimonial, além de assédio. O suspeito atua no Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) de Salvador desde 2018 e foi afastado das atividades por três meses, enquanto as denúncias são investigadas.

Todas as vítimas são trabalhadoras da área da saúde, sendo a maioria médicas ou enfermeiras. Sete delas mantiveram relacionamentos afetivos com Luís Gonzalo nos últimos anos, enquanto uma alegou ter sofrido assédio. A TV Bahia descobriu que três das denunciantes possuem medidas protetivas contra ele, duas se afastaram do trabalho por medo de continuar trabalhando com o médico, uma está tentando o seu afastamento e outras duas permanecem no serviço.

Ao relatar as agressões sofridas enquanto namorava com Luís Gonzalo, uma médica afirmou que o comportamento do profissional mudou drasticamente ao longo do tempo. Inicialmente amoroso, ele passou a agir de maneira violenta, resultando em agressões físicas, psicológicas e até mesmo prejuízos financeiros para a vítima.

Outra médica detalhou um episódio em que emprestou dinheiro para o médico, mas não recebeu o pagamento posteriormente. Após descobrir que ele havia solicitado empréstimos a outros funcionários e não cumprido com os pagamentos, a médica resolveu se afastar para evitar problemas futuros.

Em dezembro de 2024, Luís Gonzalo foi afastado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) por três meses, e as denúncias foram encaminhadas à Procuradoria Geral do Município (PGM) para avaliação. Apesar disso, a PGM sugeriu que a chefia médica do Samu implementasse medidas protetivas para evitar o contato do médico com as vítimas no ambiente de trabalho.

Diante do temor das denunciantes em relação ao retorno de Luís Gonzalo às atividades, um manifesto foi enviado à SMS solicitando a manutenção do afastamento do profissional e a aplicação de medidas preventivas até a conclusão das investigações. A defesa do médico refutou as acusações, alegando que são infundadas e têm como objetivo difamar Luís Gonzalo.

A SMS reiterou a decisão de afastamento do médico e afirmou que adotou essa medida após receber as denúncias, mesmo não tendo sido acionada pela Justiça para implementação de medidas protetivas. O Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) foi procurado para fornecer informações sobre o histórico profissional do médico, mas não respondeu até o momento.

Portanto, as denúncias contra Luís Gonzalo Velarde Acosta continuam sendo investigadas, e as profissionais do Samu aguardam medidas concretas para garantir um ambiente de trabalho seguro e respeitoso para todas.

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