Médico é acusado de ameaçar e perseguir ex-namoradas e funcionários de condomínio

Bruno D’ Ângelo Cozzolino, médico de São Paulo, é réu por perseguir ameaçar e agredir ex-namoradas e funcionários do condomínio onde ele reside. No dia 7 de agosto, ele agrediu o zelador após o mesmo pedir para que ele ajustasse os carros às vagas. No outro dia, ele foi até uma delegacia e registrou um boletim de ocorrência alegando que foi agredido pelo colaborador.

O síndico do prédio o confronta, mas Bruno não gosta e começa a agredir o homem e arrebentou o portão da garagem. No dia 10 de agosto, ele vai à portaria novamente e logo agride o segurança. O condomínio registrou os crimes na delegacia.

O programa Fantástico verificou outras dez agressões do profissional da saúde investigada pelos policiais e pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP). No mesmo dia que teria agredido o síndico, ele foi atrás de uma ex-namorada, que também já tinha sido agredida pelo médico. Após bater na jovem, Bruno a enviou mensagens de áudio e de texto. Em uma dessas mensagens ele se arrependeu, mas logo depois a ameaçou.

Bruno já foi preso duas vezes por ameaça e agressão contra mulheres. A primeira prisão ocorreu em 2012, ele ameaçou a namorada e ficou um dia preso. No outro caso, ele ficou 10 dias de detenção por violar uma medida protetiva.

Em 2021, uma mulher com quem ele ficou 2 anos junto, foi até uma delegacia, pedindo uma medida protetiva contra ele. A vítima afirmou que sofreu diversas agressões como enforcamento, soco, chute, empurrão e puxão de cabelo.

A defesa de Bruno, apresentou na época um relatório a psiquiátrico que relatava que ele possuía transtorno de humor bipolar, de ansiedade e transtorno obsessivo compulsivo grave.

Ele também cometeu outros casos de ofensas contra funcionários, em 2019, dessa vez foi onde os pais dele moram, o médico insultou um funcionário dizendo que “lugar de macaco é no zoológico”.

Segundo o processo, eles fizeram um acordo e Bruno pagou R$ 5 mil. Na época ele estava proibido de entrar no condomínio.

 

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Restauração da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos faz descoberta de cemitério de africanos escravizados

A restauração da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, em Jaraguá, culminou em uma importante descoberta arqueológica: um cemitério com mais de 200 anos. Durante as escavações para a implantação de um sistema de drenagem, os arqueólogos encontraram ossadas que, segundo especialistas, são possivelmente de africanos escravizados e negros libertos.

A obra, iniciada em abril deste ano, é realizada pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), com um investimento de R$ 3,5 milhões. A conclusão está prevista para 2025. A descoberta das ossadas aconteceu em novembro, quando 35 ossadas foram exumadas sob o calçamento externo, e centenas de outros túmulos foram identificados.

Importância Histórica e Cultural

“É uma descoberta importantíssima para a história de Jaraguá e do estado de Goiás, pois nos permite resgatar a memória histórica de um período significativo para a formação cultural”, ressalta a secretária de Estado da Cultura, Yara Nunes. Este achado reforça a importância da preservação do patrimônio material e imaterial, conectando-nos com as raízes de nossa história.

Além das ossadas, os trabalhos também revelaram, com a remoção do piso de madeira, 56 campas funerárias numeradas dentro da igreja. Segundo os arqueólogos, há cerca de 150 sepultamentos nas laterais, no fundo e no pátio frontal da igreja. “Tem um sepultamento atravessado embaixo da escada da igreja, então quer dizer que aquela escada não é tão antiga, não é a original da construção. Em alguns locais a gente encontrou sobreposição de esqueleto, ou seja, existia o uso contínuo dessas covas”, conta o arqueólogo Wagner Magalhães.

A equipe agora enfrenta o desafio de extrair o máximo de informações possíveis sobre os esqueletos, que estão em péssimas condições de preservação devido ao solo úmido do local. As ossadas retiradas serão estudadas em laboratório para obter informações sobre sexo e faixa etária. Posteriormente, será feito um levantamento histórico com base nos registros de batismo e morte.

“Foi um trabalho surpreendente não só porque é inédito, mas é uma coisa que está mexendo com a memória. Quem eram essas pessoas? Apesar de não ter a história completa, a gente tem uma ideia do que aconteceu ali”, ressalta a arqueóloga Elaine Alencastro.

Educação patrimonial

Após o trabalho de curadoria da equipe arqueológica, a Secult, em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) Goiás, vai oferecer uma ação de educação patrimonial na igreja. “Todas as nossas obras já possuem tapumes educativos que contam a história do edifício, mas, com essa descoberta, vamos montar uma estrutura na igreja para que todos possam conhecer mais sobre essa história que ficou escondida durante tantos anos”, adianta a superintendente de Patrimônio Histórico e Artístico da Secult, Bruna Arruda.

A Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos foi construída em 1776 pela irmandade de negros de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito. Nessa época, era comum a construção de igrejas específicas para a população negra. “Essa igreja foi dedicada aos pretos e foi construída por eles, e a população africana teve um papel importantíssimo até para a formação da cidade de Jaraguá. Então o que a gente tem aqui é um pouquinho da nossa história e traz também um pouco da história do início das minas de ouro, desses povos que trabalharam lá”, explica Wagner Magalhães.

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