Última atualização 20/09/2022 | 14:43
Um médico virou alvo de investigação após ser denunciado por estar trabalhando mesmo depois de ser infectado pela Monkeypox, popularmente conhecida como varíola dos macacos. Ciente da condição, o profissional teria ignorado os riscos de transmissão da doença, atendendo normalmente os pacientes no Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), em Goiânia.
Nesta segunda-feira, 19, o médico Jonathan Pedroso compareceu ao 7º DP de Goiânia, a fim de prestar esclarecimentos, conforme informou o advogado do profissional de saúde, Breno Valente. Ainda de acordo com o advogado, Jonathan não teria exercido a profissão estando contaminado, sendo a acusação uma espécie de perseguição por parte de um ex-companheiro. Procurada, a delegada Myrian Vidal, responsável pelo caso, informou que a corporação não irá se pronunciar neste momento, apenas após a conclusão das investigações.
“Acreditamos que essa pessoa tenha feito essa denúncia junto ao Ministério Público (MP), como uma forma de vingança pelo término da relação, visto que as datas coincidem. Essa denúncia anônima foi realizada em julho, sendo arquivada posteriormente pelo MP”, explicou Breno.
Afastamento
Por nota, o Crer informou que afastou imediatamente o profissional das funções assim que o mesmo recebeu o diagnóstico da doença. Eles afirmaram ainda que os profissionais com suspeita ou confirmação de alguma infecção, como Covid-19 ou Varíola dos Macacos, são afastados temporariamente das atividades laborais, seguindo os períodos de afastamento de cada agravo. Vale lembrar que o médico já voltou a trabalhar na unidade de saúde.
“O Crer adota todos os protocolos de segurança, visando o bem-estar de seus pacientes, profissionais e demais usuários dos serviços. A unidade adota ações de conscientização e orientação para as equipes e faz o monitoramento sistemático de casos suspeitos e confirmados de doenças que possam comprometer a segurança de todos os públicos da unidade”, disse trecho da nota.