Um médico ginecologista de 73 anos de idade foi agredido por um homem que o acusava de ter importunado sexualmente a companheira grávida de oito meses. Em um vídeo divulgado na internet, o suspeito entra no consultório dentro do Centro de Atenção Integral à Saúde (CAIS) do setor Novo Horizonte e dá um soco no profissional.
Na gravação, o homem mostra o registro de uma ocorrência policial e diz “boletim contra um véi [sic] safado abusador”. Em seguida, ele abre a porta da sala e questiona se se trata realmente do médico. Quando confirmada a identidade, ele dá um soco no servidor público que questiona o motivo da agressão.
O suspeito foi contido pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) para quem a explicação foi de que o profissional teria tocado a companheira grávida. A mulher teria dito ao pai do bebê que o procedimento foi “de forma diferente”, por isso se dirigiram para uma delegacia e oficializaram a reclamação. Segundo ela, o procedimento não se assemelhava aos quais ela foi submetida anteriormente.
De acordo com o médico, a prevenção e parto prematuro foi necessário porque a gestante alegava sentir contrações. A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) informou que apura o caso do ginecologista, que faz parte do quadro da rede pública da capital há nove anos. O Conselho Regional de Medicina divulgou que repudia qualquer tipo de violência contra médicos e cidadãos.
O Código Penal tipifica como importunação sexual o ato de praticar ato libidinoso de caráter sexual na presença de alguém sem sua autorização e com a intenção de satisfazer o prazer sexual próprio ou de outra pessoa. A lista inclui apalpar, lamber, tocar, desnudar, masturbar-se ou ejacular em público, por exemplo. A pena prevista é de um a cinco anos de reclusão.
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