Mensagens mostram ameaças a servidora pública feitas a mando de médico, diz polícia: ‘Talvez esse CPF possa ser cancelado’
Homens ficaram três dias em Rio Verde para vigiar a rotina da vítima e de sua família, de acordo com o delegado responsável pela investigação. As ameaças foram feitas após uma fiscalização contra a clínica do médico.
O médico foi preso em Rio Verde acusado de perseguir e aterrorizar uma servidora pública.
Os homens contratados pelo médico preso por intimidar uma servidora pública de Rio Verde enviaram mensagens com ameaças a ela e à sua família. Em uma delas, à qual o DE teve acesso, o suposto detetive disse à vítima que “a conta chega para todos. E, às vezes, quem paga essa conta nem somos nós, é quem mais amamos (…). Talvez esse CPF possa ser cancelado” (veja a imagem abaixo).
O oftalmologista João Paulo Peloso Reis e Passos foi preso após a Polícia Civil ter descoberto que ele havia contratado dois homens que se dizem detetives, ambos de Anápolis, para ameaçar a funcionária da Vigilância Sanitária.
A defesa de João Paulo informou em nota que o médico não representa risco à ordem pública e que considera a prisão desnecessária e desproporcional.
De acordo com o delegado Márcio Marques, responsável pela investigação, o médico contratou dois homens para enviar mensagens ameaçando a servidora.
Os homens ficaram em Rio Verde durante três dias, acompanhando a rotina da vítima e dos familiares. As mensagens eram direcionadas diretamente à servidora e à sua filha.
Segundo o delegado, o oftalmologista já possui condenação pelo mesmo crime, de ameaça e coação, contra outra vítima.
As ameaças ocorreram após uma fiscalização da Vigilância Sanitária ter identificado diversas irregularidades na clínica oftalmológica que pertence ao médico.
A prefeitura de Rio Verde repudiou qualquer ato de intimidação, coação ou ameaça contra seus servidores no exercício de suas funções. Afirmou ainda que está prestando apoio à servidora e à sua família.
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) afirmou que todas as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos são apuradas e tramitam em sigilo.
A defesa do médico afirmou que a prisão preventiva se revela desnecessária e desproporcional no caso concreto, confiando na análise técnica dos fatos para restabelecer os direitos do Dr. João Paulo.
A prefeitura de Rio Verde informou que está prestando apoio à servidora e sua família para garantir sua segurança e integridade durante todo o processo.




