Médico preso por dirigir bêbado e fugir: detalhes chocantes! Otimizado para SEO, confira quem é o profissional envolvido em polêmica no DF.

Saiba quem é o médico preso por dirigir bêbado, bater em carro e fugir

Izailson Chaves Rocha de França, 46 anos, foi diretor do Hospital Regional de
Taguatinga e já firmou TAC por “conduta” em Samambaia

Preso por dirigir com sinais de embriaguez, bater em carro de paciente e fugir
no Distrito Federal, o médico Izailson Chaves Rocha de França (foto em destaque), 46 anos, já ocupou
o cargo mais alto dentro de um hospital público de DE.

Ele foi nomeado em novembro de 2021 como diretor do Hospital Regional de
Taguatinga. No entanto, não passou muito tempo no cargo. Em três meses, acabou
exonerado de sua função, em janeiro de 2022.

A nomeação e a exoneração constam no Diário Oficial do Distrito Federal, mas não
informam o motivo da breve passagem. O DE questionou a Secretaria de
Saúde do Distrito Federal (SES-DF) e aguarda resposta.

Em 2023, a Controladoria Setorial de Saúde celebrou um Termo de Compromisso de
Ajustamento de Conduta (TAC) com o profissional de saúde. A ação administrativa
é feita para corrigir um comportamento de um servidor sem aplicar maiores
penalidades.

Pela publicação no DODF, o TAC foca fatos ocorridos no Hospital de Samambaia, em
agosto de 2022. “Quaisquer alterações significativas na condição de saúde ou
funcional da servidora, aptas a interferir diretamente no cumprimento do acordo,
deverão ser comunicadas imediatamente à chefia imediata e à própria Diretoria de
Conciliação e Mediação Consensual de Conflitos”, destaca o texto da portaria.

O ato normativo não detalha os eventos citados, e o processo não está disponível
ao público. A reportagem também questionou a Secretaria de Saúde sobre a
situação em que o servidor se envolveu no Hospital de Samambaia.

A unidade hospitalar, inclusive, é a mesma em que Izailson foi flagrado com
sinais de embriaguez em pleno atendimento.

A família de uma paciente filmou o médico tentando, sem sucesso, abrir o
computador devido ao seu estado, conforme aparece em imagens.

No vídeo, os familiares pedem apenas para que o profissional apresente a
liberação e um analgésico de uma paciente. Ele, no entanto, não reage ao pedido
em suposto estado de embriaguez.

“Isso é um absurdo”, disse a familiar da paciente. “Você não está conseguindo
abrir o computador”, seguiu nas acusações. A Secretaria de Saúde repudiou a
atitude do médico (leia nota abaixo).

Izailson recebeu recursos do Bolsa Família enquanto já era médico concursado da
rede pública de saúde do Distrito Federal – foi beneficiário do programa social
até fevereiro de 2014. A data de admissão do profissional, contudo, é de junho
de 2013.

Nesse intervalo, Izailson arrecadou R$ 1.344 pelo governo federal nos sete meses
completos, desde que foi nomeado. No mesmo período, recebeu R$ 103.712,82 de
salário bruto e R$ 73.329,32 de remuneração líquida – sem os descontos na folha
de pagamento.

Atualmente, Izailson é gerente de emergência – para desempenhar essa função,
recebeu R$ 25 mil em outubro, conforme consta em sua folha de pagamento no
Portal de Transparência.

Izailson está cadastrado no Conselho Federal de Medicina desde 2012. Dessa
forma, todos os repasses que recebeu pelo Bolsa Família foram feitos enquanto
ele já era médico formado. A especialidade dele é ortopedia e traumatologia,
segundo o CFM.

Na mesma manhã do atendimento, o médico Izailson foi preso após bater em um
carro que estava estacionado no Hospital Regional de Samambaia (HRSam)
e fugir do local. Ele está com a carteira de habilitação suspensa.

De acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF),
o profissional de saúde apresentava forte odor etílico, olhos avermelhados e falas desconexas. Ele se recusou a
fazer o teste do bafômetro.

A PMDF foi acionada após uma pessoa colidir em seu veículo dentro do hospital e
fugir. O carro foi encontrado estacionado no conjunto 7 da QN 122 de Samambaia.

O DE tentou contato com Izailson Chaves Rocha de França, que não
respondeu até a publicação da reportagem.

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) confirmou, em nota, que tem
ciência da acusação do médico alcoolizado e pontuou que repudia a atitude. Leia
na íntegra:

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) informa que está ciente da
situação envolvendo o médico acusado de estar alcoolizado durante o exercício de
suas funções. A secretaria repudia qualquer atitude que comprometa a qualidade e
a segurança do atendimento à população.

A pasta está colaborando integralmente com as investigações, oferecendo todo o
suporte necessário às autoridades competentes para apuração dos fatos.

As devidas medidas serão tomadas conforme o andamento das investigações, e todas
as providências legais serão seguidas para garantir a devida responsabilização.
O caso já está sendo investigado pela Controladoria Setorial da Saúde.

A SES-DF reafirma seu compromisso com a transparência e com a manutenção da
qualidade dos serviços prestados à população e não compactua com esse tipo de
conduta.

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Democracia Brasileira aos 40: entre golpistas, indiferentes e o Estado de Direito

Às vésperas de completar 40 anos, a democracia brasileira ainda coxeia, sente-se ameaçada e inspira cuidados. Deve-se louvar o golpista ou o indiferente ao Estado de Direito que sinceramente converteu-se à democracia. O Estado de Direito é aquele que assegura que nenhum indivíduo está “acima da lei”. Mas ao golpista ou ao indiferente ao Estado de Direito, não basta converter-se. Ao golpista, para que sua conversão seja reconhecida como verdadeira, há que se cobrar explicações. Pelo menos duas: por que antes foi golpista? E o que o fez mudar de posição? Há também que se cobrar um pedido público de desculpas se suas ações pretéritas causaram danos ao país.

A mesma receita deveria ser aplicada às instituições. Quantos Papas já não pediram desculpas e autorizaram o pagamento de indenizações a fiéis abusados sexualmente por sacerdotes? Não se pode dizer da Igreja Católica que ela, em algum momento, tenha estimulado o abuso. Mas pode-se dizer, sim, que ela por séculos tolerou o abuso que provocou tanto mal aos seus servos. O Estado alemão, até hoje, se penitencia pelo mal que o nazismo infligiu à Humanidade, especialmente aos 6 milhões de judeus, ciganos e outras minorias mortos em câmaras de gás.

O ministro José Múcio Monteiro, da Defesa, prega que é preciso diferenciar o CPF do CNPJ das Forças Armadas quando se discute o comportamento dos militares em relação a golpes. CPF é o Cadastro de Pessoa Física, CNPJ, o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica. O que José Múcio quer dizer: as Forças Armadas não são golpistas; mas há militares que são ou que foram. É uma sacada engenhosa do ministro para preservar a imagem da instituição, as Forças Armadas, mas se lida à luz da história, não corresponde à realidade; é apenas uma sacada oportuna.

Só pelo prazer de argumentar: dou de barato que CPFs tramaram o golpe de dezembro de 2022 para impedir a posse de Lula, e o de janeiro de 2023 para interromper seu governo mal iniciado. Mas não foram CPFs que acolheram em diversas partes do país os golpistas acampados à porta de quarteis; ali, área de segurança nacional, sem o endosso do CNPJ, ninguém acampa. Sem endosso do CNPJ, CPF não movimenta tropas e armamento pesado para retardar a prisão de golpistas como aconteceu na noite do 8 de janeiro, nem sugere uma operação para restaurar a ordem.

Foi um golpe militar que derrubou a monarquia e proclamou a República entre nós. Foi um golpe militar que levou Getúlio Vargas ao poder em 1930 e que o retirou de lá em 1945. Getúlio voltou em 1950, desta vez pelo povo popular, matando-se com um tiro no peito quatro anos depois para não ser derrubado por outro golpe. Sua morte postergou em 10 anos a ditadura de 64. A anistia de 1976, dita ampla, geral e irrestrita, perdoou os crimes dos militares que torturaram e mataram adversários do regime; esses, pagaram seus crimes com o próprio sangue. Uma anistia de araque, portanto, que serviu mais a um lado do que ao outro; uma anistia que dispensou as Forças Armadas de ao menos pedirem desculpa e de revisarem sua formação. Às vésperas de completar 40 anos, a democracia brasileira ainda coxeia, sente-se ameaçada e inspira cuidados.

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