Medidas provisórias destinam R$ 525,71 milhões para Rio Grande do Sul

Dois dias após oficializar um fundo de R$ 6,5 bilhões para a reconstrução do Rio Grande do Sul, o governo editou duas medidas provisórias neste domingo, 29, com crédito extraordinário de R$ 525,71 milhões para o estado.

O dinheiro será usado na reconstrução de infraestruturas afetadas pelas enchentes de abril a junho deste ano e para políticas de apoio social às famílias atingidas pela tragédia climática.

Em nota, o Palácio do Planalto informou que o crédito extraordinário foi justificado diante da urgência e relevância da continuidade do atendimento às consequências dos eventos climáticos extremos no Rio Grande do Sul. O comunicado ressaltou que as enchentes no estado provocaram prejuízos sem precedentes, prejudicando de forma intensa e inesperada a população e as atividades econômicas.

Fora dos limites de gastos do arcabouço fiscal, por se tratar de crédito extraordinário, o dinheiro beneficiará cinco ministérios: Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS); Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic); Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR); Cidades; e Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA). As medidas provisórias foram publicadas em edição extraordinária do Diário Oficial da União.

Para o MDS, a MP 1.283 libera R$ 168,26 milhões para o Fundo Nacional de Assistência Social, o pagamento do Benefícios de Prestação Continuada (BPC) da Renda Mensal Vitalícia (RMV). A MP 1.284 destina outros R$ 34,51 milhões ao MDS, para reconstruir a rede socioassistencial em 37 municípios gaúchos.

A MP 1.284 também prevê os seguintes gastos:

•    R$ 120,19 milhões em crédito oficial para 7.232 famílias assentadas (nas modalidades habitacional e fomento), com supervisão do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra);

•    R$ 71,75 milhões para apoio financeiro às famílias desalojadas ou desabrigadas no Rio Grande do Sul, executados pelo Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional;

•    R$ 60 milhões para o Ministério das Cidades restabelecer o funcionamento da Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb);

•    R$ 57,98 milhões para o MDA recuperar a infraestrutura em assentamentos do Incra, beneficiando 4.326 famílias;

•    R$ 13 milhões para o MDIC recuperar as estruturas de unidades do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), bem como os objetos essenciais às atividades de controle metrológico e de vigilância de mercado.

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Rússia realiza ataque com drones contra a Ucrânia às vésperas do Ano Novo

Na madrugada de 31 de dezembro, a Rússia lançou um ataque com drones contra Kiev, resultando em duas mortes e pelo menos seis feridos, conforme informações das autoridades locais.

Explosões iluminaram o céu da capital ucraniana pela manhã, enquanto a Força Aérea da Ucrânia emitia alertas sobre a aproximação dos drones. O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, informou que as defesas aéreas estavam em operação para conter os ataques.

Em resposta, o presidente Volodymyr Zelenskiy condenou o ataque em suas redes sociais, destacando que, “mesmo na véspera de Ano Novo, a Rússia estava concentrada em causar mais danos à Ucrânia”.

As forças armadas ucranianas relataram que interceptaram 63 dos 111 drones lançados pela Rússia durante a noite, em várias regiões do país. Outros 46 drones teriam sido neutralizados por interferência eletrônica, segundo os militares ucranianos.

De acordo com o Serviço de Emergência do Estado, dois andares de um prédio residencial no centro de Kiev foram parcialmente destruídos. O ataque também atingiu um edifício do Banco Nacional da Ucrânia, causando danos a estruturas adjacentes.

A Rússia tem intensificado ataques aéreos em áreas urbanas ucranianas, longe das linhas de combate. Enquanto isso, as forças russas continuam avançando progressivamente no leste da Ucrânia, conquistando aldeias durante os quase três anos de invasão.

Além do ataque com drones, Moscou também disparou 21 mísseis contra Kiev e a região de Sumy, ao norte, na terça-feira anterior, causando danos à infraestrutura e a edifícios em Shostka.

Em outro incidente, um voluntário de 23 anos foi morto em Kherson, no sul da Ucrânia, em decorrência de bombardeios russos, conforme relato das autoridades locais.

 

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