Meeting de nutrição oncológica discute como a alimentação pode melhorar a qualidade de vida

Meeting de nutrição oncológica discute como a alimentação pode melhorar a qualidade de vida

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que no triênio 2023 -2025 o Brasil terá 704 mil casos novos de câncer em cada ano.

Para as mulheres, a maior incidência para 2023 ainda é o câncer de mama com projeção de 73.610 casos, seguido de cólon e reto com 23.660 e colo de útero com 17.010 casos.

Entre os homens a próstata é velha conhecida. São 71.730 casos projetados da doença para 2023, seguido de cólon e reto com 21.970 e traqueia, brônquio e pulmão com 18.020.

Mas o que todos essas pessoas que virão a ter o diagnóstico têm em comum? Elas precisam de atendimento nutricional adequado.

A nutricionista especialista em nutrição  oncológica e CEO do Meeting de Nutrição Oncológica, Marcela de Paula, destaca que o estado nutricional de um paciente oncológico faz toda diferença no resultado final do tratamento. “Por isso é indispensável o acompanhamento. As terapias tradicionais são agressivas e essa assistência ao paciente faz com que os impactos da quimio e radioterapia sejam reduzidos. Dessa forma conseguimos melhorar a qualidade de vida e evitar a interrupção do tratamento.”

Em qualquer parte do corpo os cânceres afetam a rotina alimentar do paciente, mas os cânceres de cabeça e pescoço exigem atenção especial dos profissionais que estão em atuação.

Marcela lembra que neste ano estão previstos 2 mil novos casos para Goiás nesta região do corpo e que a mucosite (inflamação da mucosa) prejudica a deglutição. “Às vezes a pessoa até se alimenta bem, tem apetite, mas continua comendo alimentos que naquele momento são prejudiciais, porque vão irritar ainda mais a muscosa e isso vai levá-la a sentir dor. É preciso evitar café, chocolate, frutas cítricas, pimenta, alimentos condimentados e temperos industrializados, por exemplo. E nem sempre se sabe disso.”

Ao contrário de um paciente que quer perder ou manter o peso, a nutrição aplicada à oncologia é quase obrigatória para quem vai iniciar ou já está em tratamento. A nutricionista e CEO do Meeting de Nutrição Oncológica, Marcela de Paula, reforça que o ideal é fazer uma avaliação antes do tratamento. “Estudos mostram que a incidência de desnutrição nos pacientes oncológicos varia de 22% até 80%, e por essa razão o suporte nutricional é extremamente importante”.

Além de auxiliar em uma resposta mais rápida e positiva aos vários tratamentos e intervenções, ter um nutricionista por perto durante esse momento da vida evita o desenvolvimento da Síndrome Multifatorial. “Essa síndrome, também conhecida como caqueixa, é a perda de peso e de massa muscular e atinge 80% dos pacientes com câncer avançado. A única forma de reverter esse quadro é elaborar uma dieta com as quantidades de nutrientes, vitaminas e calorias e isso só vai acontecer se essa pessoa estiver acompanhada por um nutricionista especializado no assunto.

Comunicação e qualificação profissional

A comunicação também é fator preponderante durante este período. E para que isso aconteça é importante que profissionais estejam aptos a lidar com esses cenários. Diante dos desafios impostos, um evento exclusivo para tratar do tema será realizado nos dias 02 e 03 de setembro em Goiânia.

O 2º Meeting de Nutrição Oncológica que reunirá nutricionistas como Roberta Carbonari, Thiago Fofo, Thiago Barros, Aline Davi e médicos oncologistas, endócrinos e equipe multidisciplinar. Serão mais de 15h de evento durante 2 dias em Goiânia.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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