Megaoperação contra o Comando Vermelho tem impacto “ínfimo” no crime organizado, aponta subsecretário da PM-RJ

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O subsecretário da Polícia Militar do Rio de Janeiro, capitão Daniel Ferreira de Souza, apontou que a megaoperação realizada contra o Comando Vermelho teve um efeito “ínfimo” e um papel “simbólico” na estrutura do crime organizado na região. Apesar das apreensões, prisões e da morte de 117 suspeitos, o subsecretário destacou que a ação não teve um impacto significativo sobre o poder do CV e outras facções no Rio de Janeiro.

Durante uma reunião no Senado, membros da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência discutiram a nacionalização das facções criminosas no Brasil. O capitão Daniel enfatizou que a megaoperação enfraqueceu um dos trunfos do Comando Vermelho na sua expansão pelo país, ao abrigar líderes de outros estados e assim cooptar facções locais, demonstrando a capilaridade do grupo criminoso.

Para Daniel, a operação teve um impacto simbólico ao mostrar a capacidade do estado de entrar em qualquer local, embora não seja a solução definitiva para o problema do crime organizado. Ele ressaltou que a retórica utilizada pelo Comando Vermelho para recrutar lideranças foi subvertida, mesmo que o problema persista. A megaoperação resultou na morte de 117 suspeitos, sendo a maioria de outros estados, como o Nordeste e Norte do país.

Entre os mortos estavam lideranças do tráfico de drogas de estados como Pará, Bahia, Espírito Santo e Goiás. A reunião no Senado contou com a presença de representantes da Polícia Federal, da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), senadores e deputados, que debateram o impacto nacional da expansão das facções criminosas pelo território brasileiro.

O subsecretário ressaltou que, apesar dos resultados da megaoperação, é necessário um enfoque mais amplo e abrangente para lidar com o avanço do crime organizado no país. A ação policial, por mais significativa que seja, não foi suficiente para desmantelar o poder das facções criminosas que atuam no Rio de Janeiro e em outras regiões do Brasil. A discussão sobre o enraizamento das facções em vários estados é crucial para o combate eficaz ao crime organizado.

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