A megaoperação realizada pelas polícias Civil e Militar no Rio de Janeiro nos complexos da Penha e do Alemão se tornou a mais letal da história da cidade. Com um total de 64 suspeitos mortos, 81 presos, além de 4 policiais mortos e 8 agentes feridos, a ação teve como objetivo conter o avanço do Comando Vermelho (CV) na região. Segundo informações da Polícia Civil, 60 dos suspeitos mortos eram integrantes do CV, incluindo dois deles oriundos da Bahia, e 30 dos presos eram de fora do Rio escondidos nos conjuntos de favelas.
Além dos impactos na criminalidade, a operação também resultou em 4 moradores locais atingidos e a apreensão de 93 fuzis. A mobilização contou com 2,5 mil policiais, além de promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), reforçando a importância da ação no combate ao crime organizado. Os números impressionam e mostram a magnitude da operação, visando desarticular as bases de expansão territorial do CV nos complexos da Penha e do Alemão.
A cobertura do caso revelou a complexidade da situação, com bloqueios causados por criminosos que provocaram engarrafamentos, falta de ônibus e aglomeração nas ruas do Rio. As repercussões da ação também envolveram a prisão de importantes traficantes, como Belão, braço direito de Doca, demonstrando os impactos positivos da operação no desmonte das estruturas do crime organizado na região. A Polícia Civil reconheceu erros em prisões durante a megaoperação, gerando demandas da Defensoria pela liberdade de jovens acusados injustamente.
Diante dos desafios enfrentados pelas forças de segurança e da magnitude da operação, a cidade do Rio de Janeiro se viu imersa em um cenário de tensão e desafios logísticos. A falta de ônibus foi apontada como um dos principais problemas para a população, impactando diretamente a rotina dos moradores da região. Os desdobramentos da megaoperação continuam em destaque na mídia, com lançamento de livros e reportagens sobre os desdobramentos do combate ao crime na cidade.
A megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha marcou um capítulo importante na história da segurança pública do Rio de Janeiro, evidenciando a necessidade de ações integradas e estratégicas para conter o avanço do crime organizado na região. Os números impactantes evidenciam a dimensão do desafio enfrentado pelas forças de segurança, mas também ressaltam a importância do trabalho conjunto das instituições para garantir a segurança e o bem-estar da população carioca.




