A megaoperação realizada pelas Polícias Civil e Militar nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio, resultou em uma tragédia que chocou não só os agentes de segurança, mas toda a população carioca. Quatro policiais foram mortos durante os confrontos, sendo eles os 3º sargentos da Polícia Militar Heber Carvalho da Fonseca e Cleiton Serafim Gonçalves, ambos do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), e os policiais civis Rodrigo Cabral e Marcos Vinicius Cardoso Carvalho. As vítimas foram atacadas por traficantes do Comando Vermelho, levando à perda de vidas e deixando outros 15 agentes feridos.
Rodrigo Cabral, que estava há apenas dois meses na corporação, era considerado um profissional promissor. Nas redes sociais, compartilhava momentos de sua vida pessoal, mostrando-se sempre sorridente ao lado da família. Sua esposa o descrevia como o melhor pai, marido e amigo, em uma relação que completaria 16 anos em fevereiro de 2024. Já Marcos Vinicius Cardoso Carvalho, conhecido como Máskara entre os colegas, tinha uma longa carreira na Polícia Civil e era respeitado por sua atuação no enfrentamento ao crime organizado.
Os sargentos Cleiton Serafim Gonçalves e Heber Carvalho da Fonseca, experientes policiais militares, também foram vítimas fatais da operação. Ambos lotados no BOPE, dedicaram suas vidas ao cumprimento do dever, sendo lembrados por sua coragem, lealdade e compromisso com a missão policial militar. Apesar dos esforços para salvar suas vidas, não resistiram aos ferimentos sofridos durante os confrontos.
O Hospital Estadual Getúlio Vargas (HGV) se transformou em uma unidade de guerra para receber os corpos dos policiais mortos e os feridos na megaoperação. Ao todo, 60 suspeitos foram mortos pelas forças policiais, enquanto 15 agentes ficaram feridos. Além disso, moradores da região e uma pessoa em situação de rua também foram baleados durante os confrontos, sendo atendidos e mantidos em estado estável.
Familiares das vítimas se concentraram em frente ao hospital em busca de informações, enquanto policiais civis e militares demonstravam emoção e solidariedade diante da perda dos colegas. A comoção era visível, com relatos de parentes desesperados em busca de notícias sobre os feridos. O clima de tensão envolvendo a megaoperação e sua trágica consequência revela a realidade violenta enfrentada diariamente pelas forças de segurança e pela população do Rio de Janeiro. A busca por justiça e segurança continua em meio a um cenário de guerra urbana que parece longe do fim.




