Meirelles: decisão de cassar mandato de Pezão não deve afetar acordo com Rio

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse hoje (9) que o acordo da União com o Rio de Janeiro para reequilibrar as contas do estado não deve ser afetado pela decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio de Janeiro de cassar os mandatos do governador Luiz Fernando de Souza Pezão e do vice-governador Francisco Dornelles.

Segundo o TRE, os mandatos foram cassados por abuso de poder econômico e político e, por isso, Pezão e Dornelles estão inelegíveis por oito anos. Ainda cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“O governador tem direito de fazer um recurso. No curto prazo, não há grande alteração. Vamos esperar as decisões dos tribunais superiores”, disse Meirelles. O ministro acrescentou que o acordo é “superior às pessoas”. “É um acordo entre a União e o estado do Rio de Janeiro”, destacou Meirelles em entrevista após participar do evento Caixa 2017, em Brasília.

Audiência de conciliação

Na próxima segunda-feira (13), haverá uma audiência de conciliação com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux para decidir sobre o pedido feito pelo governo do Rio para acelerar o acordo assinado com a União e receber ajuda financeira. Meirelles disse que a decisão de antecipar o acordo cabe ao tribunal. O ministro acrescentou que o importante é que, se houver antecipação, que seja integral, ou seja, não só no que diz respeito à possibilidade de o estado tomar crédito, mas também que sejam adotadas as medidas de redução de despesas e aumento de receitas para fechar as contas.

Para sanar um déficit que deve chegar a R$ 26,132 bilhões em 2017, o estado vai receber o aval do governo federal para tomar dois empréstimos de cerca de R$ 6,5 bilhões, tendo como garantias a privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) e uma antecipação de receitas de royalties do petróleo.

Fonte: Agência Brasil

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Lula impõe veto ao indulto de Natal para condenados do 8 de janeiro

Lula Impõe Veto ao Indulto de Natal para Condenados do 8 de Janeiro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou o indulto de Natal para os condenados pelos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, marcando o segundo ano consecutivo em que o benefício é negado aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado. O anúncio foi feito na noite de 23 de dezembro, um dia antes da véspera de Natal, destacando a firmeza do governo em lidar com esses crimes.

Além disso, o indulto não será concedido a condenados por abuso de autoridade e crimes contra a administração pública, como peculato e corrupção passiva. O decreto também exclui aqueles condenados por crimes hediondos, tortura e violência contra a mulher, crianças e adolescentes. Integrantes de organizações criminosas, condenados em regimes disciplinares diferenciados e aqueles que fizeram acordos de colaboração premiada também estão fora do benefício.

Por outro lado, o indulto será concedido a gestantes com gravidez de alto risco, comprovada por laudo médico. Mães e avós condenadas por crimes sem grave ameaça ou violência também terão direito ao benefício, desde que comprovem ser essenciais para o cuidado de crianças até 12 anos com deficiência.

Saúde e condições especiais

O decreto prevê o perdão da pena para pessoas infectadas com HIV em estágio terminal, ou aquelas com doenças graves crônicas sem possibilidade de atendimento na unidade prisional. Pessoas paraplégicas, tetraplégicas, cegas e portadoras do espectro autista em grau severo também serão beneficiadas.

Este decreto reforça a posição do governo em relação aos atos antidemocráticos e crimes graves, enquanto oferece alívio a grupos vulneráveis. As pessoas contempladas pelo benefício terão, na prática, o perdão da pena e o direito à liberdade.

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