Membros de facção morrem após confronto com a Rotam, em Luziânia

Três homens morreram após um confronto com a Rotam nesta quarta-feira, 22, em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. Segundo o coronel Fábio Costa, os suspeitos teriam vindo para Goiás após praticarem um roubo de cargas em Uberlândia (MG).

Os homens, de 32 e 26 anos (o terceiro suspeito ainda não foi identificado), são integrantes de uma facção do entorno do DF, especializada em roubo de cargas, ônibus e passageiros. Ainda de acordo com o coronel, os suspeitos agiam com extrema violência durante os crimes.

“Eles realizavam roubos em outros estados, é uma quadrilha muito grande. Eles já confrontaram por três vezes as forças de segurança de Goiás. Os dois criminosos identificados já possuíam passagem por homicídio, latrocínio, porte e posse de arma de fogo, tráfico de drogas e associação criminosa”, explicou.

Confronto

O trio entrou em confronto com a polícia depois de não obedecer a uma ordem de prisão, conforme o coronel. A corporação chegou até o endereço dos suspeitos, localizado no Parque Estrela Dalva IV, por meio de uma troca de informações com a PM mato-grossense. 

Após a troca de tiros, os criminosos foram socorridos com vida pelo Corpo de Bombeiros e pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), mas não resistiram aos ferimentos e morreram no hospital. Fábio diz que eles estavam em posse de cinco peças de maconha e aparelhos bloqueadores de sinal, além de dois revólveres e uma pistola. 

“É uma facção nova. Apenas um dos suspeitos tinha mais de 40 antecedentes criminais. Já tem muito tempo que eles praticam roubos em Goiás e outros estados”, concluiu.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

PF indiciou Bolsonaro e militares por plano de golpe e assassinato de autoridades

A Polícia Federal (PF) indiciou, nesta quinta-feira, 21, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em um inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado no Brasil, após as eleições presidenciais de 2022, nas quais Bolsonaro foi derrotado. Além do ex-presidente, a PF concluiu que mais 36 pessoas estão envolvidas, entre elas ex-ministros do governo, como Anderson Torres (Justiça), Augusto Heleno (GSI), e Braga Netto (Defesa), além de outros militares e aliados do ex-presidente.

O relatório final foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e aponta que os indiciados foram responsáveis por tramas golpistas, ações relacionadas aos atos de 8 de janeiro, e até um plano para assassinar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSD), e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, também foi indiciado e prestou depoimento ao STF nesta quinta-feira, 21, sendo considerado um dos últimos testemunhos a serem ouvidos no caso.

Entre os crimes atribuídos aos indiciados estão: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

Plano de assassinato

Além das investigações sobre os atos golpistas, a PF realizou uma operação, na terça-feira (19), contra uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos de Lula, Alckmin e Moraes. A organização, composta principalmente por militares das Forças Especiais, visava a realização de um golpe para impedir a posse do governo eleito em 2022.

A investigação revelou que o plano de assassinato foi preparado para o dia 15 de dezembro de 2022, e que Moraes estava sendo monitorado de forma contínua. A organização também tinha a intenção de criar um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise” para gerenciar as consequências de suas ações.

A PF concluiu que Bolsonaro tinha pleno conhecimento do plano, o que agrava ainda mais a situação do ex-presidente.

O 8 de Janeiro e as consequências

Em 8 de janeiro de 2023, seguidores de Bolsonaro invadiram e depredaram os prédios dos Três Poderes em Brasília, em protesto contra o resultado das eleições de 2022. O governo federal decretou intervenção na segurança do Distrito Federal e mais de 1.800 pessoas foram presas nos dias seguintes.

As investigações sobre os atos de 8 de janeiro identificaram financiadores e grupos organizados que planejaram os ataques. Bolsonaro passou a ser investigado após surgirem evidências de que ele havia incentivado discursos golpistas, levando o STF a aceitar denúncias contra centenas de envolvidos. Vários réus já foram condenados por crimes como associação criminosa, dano ao patrimônio público e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos