Membros de facção morrem após confronto com a Rotam, em Luziânia

Três homens morreram após um confronto com a Rotam nesta quarta-feira, 22, em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. Segundo o coronel Fábio Costa, os suspeitos teriam vindo para Goiás após praticarem um roubo de cargas em Uberlândia (MG).

Os homens, de 32 e 26 anos (o terceiro suspeito ainda não foi identificado), são integrantes de uma facção do entorno do DF, especializada em roubo de cargas, ônibus e passageiros. Ainda de acordo com o coronel, os suspeitos agiam com extrema violência durante os crimes.

“Eles realizavam roubos em outros estados, é uma quadrilha muito grande. Eles já confrontaram por três vezes as forças de segurança de Goiás. Os dois criminosos identificados já possuíam passagem por homicídio, latrocínio, porte e posse de arma de fogo, tráfico de drogas e associação criminosa”, explicou.

Confronto

O trio entrou em confronto com a polícia depois de não obedecer a uma ordem de prisão, conforme o coronel. A corporação chegou até o endereço dos suspeitos, localizado no Parque Estrela Dalva IV, por meio de uma troca de informações com a PM mato-grossense. 

Após a troca de tiros, os criminosos foram socorridos com vida pelo Corpo de Bombeiros e pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), mas não resistiram aos ferimentos e morreram no hospital. Fábio diz que eles estavam em posse de cinco peças de maconha e aparelhos bloqueadores de sinal, além de dois revólveres e uma pistola. 

“É uma facção nova. Apenas um dos suspeitos tinha mais de 40 antecedentes criminais. Já tem muito tempo que eles praticam roubos em Goiás e outros estados”, concluiu.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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