O corpo da menina Nycolly Moraes da Silva, de 12 anos, que infelizmente faleceu após ser atingida por um tiro na comunidade Buraco Quente, em São João De Meriti, será velado no Crematório Metropolitano São João Batista, às 8h da manhã deste sábado (18). A cremação está agendada para as 12h. Cláudia Morais, mãe de Nycolly, também foi ferida no incidente e teve alta nesta sexta-feira (17), após receber tratamento médico.
A família enfrenta dificuldades financeiras e só conseguiu garantir a cerimônia fúnebre graças à solidariedade do proprietário da funerária, que se prontificou a arcar com todos os custos. Até o momento, a identidade do autor do disparo que vitimou a menina Nycolly ainda é desconhecida, e as autoridades seguem em busca de informações que possam levar à resolução do caso e à responsabilização do culpado.
Nycolly Moraes da Silva deixou três irmãos, e o mais velho teve dificuldades em comunicar à mãe sobre a trágica perda da irmã. Profissionais de saúde mental do Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, auxiliaram a família nesse momento de dor e luto. A menina foi baleada no tórax enquanto comprava um refrigerante, e música classificam esse evento como mais um triste capítulo da violência que assola o Rio de Janeiro.
A Polícia Militar relatou ter sido atacada por disparos vindos da comunidade ao tentar investigar atividades ilegais no local. Os moradores, desesperados, tentaram socorrer Nycolly logo após os tiros. Segundo dados da ONG Rio de Paz, somente em 2020, 50 crianças e adolescentes foram vítimas de bala perdida no Estado do Rio, evidenciando a urgência na resolução desse grave problema de segurança pública.
O presidente da ONG Rio de Paz, Antônio Carlos Costa, questiona a aceitação do “morticínio” de crianças inocentes no Rio de Janeiro e enfatiza a necessidade de justiça e apoio às famílias afetadas por essas tragédias. A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense segue investigando o caso para identificar o responsável pelo disparo que ceifou a vida de Nycolly e causou dor e sofrimento a sua família e comunidade.
