Menina de 12 anos que lutou jiu jitsu escapa de abuso em Sertãozinho: relato da mãe

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Adolescente de 12 anos que escapou de abuso em Sertãozinho luta jiu jitsu há três anos, diz mãe

A mãe da menina de 12 anos que foi abordada por um homem no meio da rua, em Sertãozinho (SP), disse que a filha conseguiu escapar do agressor porque luta jiu jitsu há três anos. A adolescente foi abordada quando voltava para casa depois de deixar a irmã mais nova na creche, por volta das 7h. Câmeras de segurança de uma rua no bairro Cohab 4 flagraram o momento em que o suspeito, que é servidor público da Prefeitura de Sertãozinho, segue a menina logo após ela atravessar a rua. Ele está em um carro branco.

As imagens não mostram, mas o suspeito desceu do carro e atacou a menina por trás. À mãe, ela contou que ele passou a mão no corpo dela e ela entrou em luta corporal com ele para tentar escapar. “Ele pretendia por no carro [a menina], porque a porta estava aberta. Nisso, ela deu uma cotovelada nele e agiu com um outro golpe. Ele caiu no chão de joelho, caiu abraçado nela”. Ainda segundo o relato da filha à mãe, o homem tentou por outras vezes colocar a criança no carro, mas não conseguiu.

“Ela apoiou no ‘negócio do carro’ que abre a porta, conseguiu levantar e saiu correndo”. A menina tem algumas escoriações no joelho, mas passa bem. O suspeito foi abordado por guardas civis no trabalho dele, no setor de saúde mental da Secretaria de Saúde, após a placa do carro dele ser identificada pelas imagens das câmeras de segurança. Procurada pela EPTV, afiliada da TV Globo, a Prefeitura de Sertãozinho informou que teve conhecimento do caso, mas ainda não possuía informações oficiais sobre o trabalho da polícia.

“Tão logo seja notificada [a administração municipal], tomará as medidas cabíveis, conforme previsto no Estatuto do Servidor”. Em depoimento à delegada Raphaela Sanches Corrêa, o servidor público confessou o crime e disse que ‘agiu por impulso’. “Ele confessou, falou que realmente praticou esse ato, passou a mão nos seios da vítima e disse que agiu por impulso, que a intenção dele não era colocá-la dentro do carro”. Segundo Raphaela Corrêa, em 2018 o homem foi autuado por contravenção penal de importunação ofensiva ao pudor em um caso semelhante.

“Na época, não existia o crime de importunação sexual. Ele havia praticado o crime contra uma mulher maior e capaz”. O crime de importunação sexual está previsto no Código Penal desde setembro daquele ano. DE Sertãozinho e região. DE Franca e Ribeirão Preto. DE Segurança e prevenção. DE Criança e adolescente. DE Adolescente e violência. DE Lei e justiça. DE Estatuto do Servidor. DE Crime e impulso.

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