Menina de 13 anos esconde gravidez e dá à luz após cesárea de emergência, em São Paulo

Menina de 13 anos esconde gravidez e dá à luz após cesárea de emergência, em São Paulo

A Polícia Civil de São Paulo (PC-SP) investiga o caso de uma adolescente, de 13 anos, que escondeu gravidez e precisou passar por uma cesárea de emergência no último dia 9, em Apiaí, no sul de São Paulo. Segundo o delegado responsável pelo caso, os investigadores procuram saber agora quem é o pai do bebê.

De acordo com a família da adolescente, no dia do parto, a menina teve o atendimento negado pelos médicos do Hospital Dr. Adhemar de Barros. Horas depois, ela começou a ter convulsões e precisou passar por uma cesárea de emergência, necessitando ser entubada logo após dar à luz. 

Ainda segundo a mãe da garota, a filha escondeu toda a gravidez da família. A gestação apenas foi descoberta na manhã do dia 9 de maio, após a adolescente passar mal com enjoos e vômitos. Ela foi levada pela mãe até o Hospital Dr. Adhemar de Barros, onde teria sido ”humilhada” durante a triagem e foi informada de que deveria procurar o diagnóstico em outro local, pois a unidade ”não é lugar para fazer pré-natal”. 

“Ela chegou ao hospital quase desmaiando, e a enfermeira não teve a coragem de medir a pressão arterial. Falou para minha mãe que lá não fazia teste de gravidez, que na farmácia tinha teste por R$ 5. Minha mãe pediu ajuda e se propôs até a pagar a consulta se fosse possível, mas a enfermeira começou a fazer perguntas e deixou minha irmã constrangida e envergonhada”, disse o irmão da jovem.

Após ter o atendimento negado, a mãe levou a filha até um laboratório particular onde realizou um exame de sangue para constatar que o mal estar estava ligado à gravidez. Após a coleta, as duas voltaram para casa e aguardaram o resultado do exame. 

No entanto, pouco tempo depois, a adolescente voltou a se sentir mal, teve convulsões e voltou ao hospital, onde passou por uma cesariana de emergência. 

Após o parto, a menina foi transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde ficou entubada durante cinco dias. Um boletim de ocorrência foi registrado pela família na delegacia de Apiaí devido a omissão de socorro por parte da unidade de saúde. 

Pai da criança

Conforme o delegado, não foi possível identificar se o caso se trata de um possível estupro de vulnerável contra a adolescente, já que não se sabe quem é o pai do recém-nascido. Ao G1, a autoridade policial explicou que é necessário a identificação para dar andamento ao inquérito. 

O caso é acompanhado pelo Conselho Tutelar. A menina passará por exames e será encaminhada para a escuta especial.

Em relação à omissão de socorro cometida pelo hospital, a autoridade determinou que fosse apresentada informações sobre o caso e as providências administrativas adotadas. A unidade de saúde ainda não respondeu à polícia. 

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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