Menina encontrada morta em quintal é enterrada; mãe e padrasto confessam crime

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Corpo de menina achada morta em quintal é enterrado no interior de SP; mãe e
padrasto confessaram crime

O sepultamento ocorreu no Cemitério Colina da Paz, em Itapetininga (SP), nesta quarta-feira (15). Não houve velório e somente familiares do pai biológico da criança acompanharam o enterro.

Criança é encontrada morta no quintal de casa; padrasto e mãe são suspeitos

A menina de cinco anos achada morta e enterrada no quintal de casa em Itapetininga (SP) foi sepultada na tarde desta quarta-feira (15). O corpo de Maria Clara Aguirre Lisboa foi encontrado na terça-feira (14), em estado avançado de decomposição, o que impediu a realização de velório. A mãe e o padrasto estão presos e confessaram o crime.

O tio da menina, Cláudio Júnior, contou que a família paterna tentou obter a guarda da criança e, por isso, procurou o Conselho Tutelar e a Polícia Civil.

Sem velório, menina achada morta no quintal é enterrada em Itapetininga (SP) — Foto: Reprodução/TV TEM

O Conselho Tutelar informou que Maria Clara Aguirre Lisboa estava sob os cuidados da mãe, Luiza Aguirre Barbosa da Silva, e que já haviam sido aplicadas medidas protetivas para orientar e acompanhar a família. O órgão não detalhou quais medidas seriam essas.

Padrasto mandou áudio a pai falando que menina enterrada em quintal estava morta

Antes da prisão, o padrasto da menina enviou um áudio ao pai biológico dela falando que a garota estava morta e que, com isso, havia acabado o vínculo dele com a mãe da criança. Ainda na mensagem, o suspeito pediu ao pai que parasse de “encher o saco” dele e da mãe da criança (ouça acima).

Padrasto encaminhou áudio para o pai biológico da criança dizendo que a menina já estava morta — Foto: Vanderleia Monteiro do Amaral/Arquivo pessoal

Em outro momento, em tom de ameaça, o suspeito diz ao pai que não há mais vínculo entre ele e a ex-companheira, pois a filha deles já “não existe mais”.

“A MENINA MORREU JÁ”

“Mano, você é surdo também, cara? Não me irrite não, parça. Já falei, parça. Não vou nem mais responder você, mano. Já falei, sua filha está morta, não existe mais, parça. Pare de ficar enchendo o saco, entendeu? Para de mandar mensagem, falou?”.

Corpo enterrado e concretado

Segundo o delegado Franco Augusto, o corpo de Maria Clara foi encontrado no quintal da casa do padrasto. Os dois demoraram cerca de dois dias após o homicídio para enterrar o corpo, e o local foi concretado para ocultar o crime. Ainda conforme o delegado, o padrasto já tinha histórico criminal e torturava psicologicamente a criança e a mãe dela, utilizando a menina como forma de pressão, além de agredi-la fisicamente.

O casal admitiu à polícia que a menina “atrapalhava” a vida deles e que descontava a frustração e a raiva na criança. Durante as agressões, foi utilizada uma britadeira, ferramenta apreendida pela polícia com manchas de sangue. As primeiras informações da perícia indicam que o corpo de Maria Clara estava enterrado havia aproximadamente 20 dias.

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