Menina estuprada pode ser filha do acusado; homem também teria abusado da mãe dela

Após ser indiciado por estuprar uma menina em Itumbiara, região Sul de Goiás, homem de 45 anos é investigado também por ter violentado a mãe da vítima. De acordo com a Polícia Civil (PC), há, inclusive, a suspeita de que ele seja o pai da menina.

A menina, cuja idade não foi revelada, teria denunciado o crime por meio de um desenho, entregue a uma professora, após palestra sobre exploração sexual infantil.

Ainda segundo os investigadores, depois que a menina denunciou os abusos, o homem teria batido nela. As circunstâncias dessa agressão, no entanto, não foram detalhadas pela polícia. O inquérito foi concluído nesta terça-feira, 14, e o acusado foi indiciado estupro de vulnerável com causa de aumento em virtude do parentesco, considerando a possibilidade de ser pai da criança, e por lesão corporal.

Agora, um novo inquérito foi aberto após divergências nos depoimentos realizados pela mãe e pela avó da menina durante as investigações. De acordo com o delegado Anderson Pelágio, as duas dificultaram a identificação do acusado e não forneceram a informação correta de quem seria o pai biológico da menina abusada sexualmente.

Após as contradições, a mãe da menina foi intimada a depor na delegacia. Na oportunidade, ela relatou ter sido estuprada pelo suspeito quando tinha apenas 12 anos, há mais de oito anos atrás. A mulher também contou que desde o início dos abusos, ela e a mãe eram ameaçadas pelo suspeito para que não revelassem o crime.

Com isso, ela foi submetida a exames que comprovem o estupro e e a paternidade da criança que denunciou o crime. Até às 8 horas desta quarta-feira,15, o delegado ainda aguardava o resultado da perícia.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp