Menina morta a marteladas é enterrada em Guapó

Pai será sepultado em Aparecida de Goiânia

Nessa quinta-feira (28), a Polícia Civil de Goiás informou que o caso de Ana Júlia Montes de Calvares, morta a marteladas na cabeça pelo próprio pai, Carlos Alves Pereira de Calvares, na última quarta-feira (27), está sendo investigado pela Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH). O delegado responsável pelo inquérito afirma que uma das filhas e os vizinhos de Carlos foram ouvidos ontem e mais testemunhas serão ouvidas nos próximos dias e, além disso, aguarda os laudos de necropsia e do local da morte para finalizar o inquérito e se pronunciar a respeito das investigações. A PC GO ainda diz que teve acesso a mensagens que sugerem que o pai tinha um quadro de depressão.

O velório de Ana Júlia ocorreu nessa quinta-feira (28) em Goiânia, começando às cinco horas da manhã e previsto para encerrar ao meio dia, segundo um dos irmãos da vítima, que ainda revelou para o Jornal Diário do Estado que a garota será sepultada ao lado da mãe, em Cemitério da cidade de Guapó, no interior de Goiás. Carlos será sepultado ao meio dia em Aparecida de Goiânia.

Carlos Alves Pereira de Calvares, de 48 anos, é suspeito de matar a marteladas a própria filha de 9 anos, a estudante Ana Júlia Montes de Calvares. O crime aconteceu ontem, por volta das 12 horas, na casa onde moravam, no Parque Oeste Industrial, região sudoeste de Goiãnia. Após atacar a criança, ele ateou fogo em diferentes pontos da casa e acabou morrendo asfixiado. A Polícia Civil não tem dúvidas de que foi um homicídio seguido de suicido, já que foi encontrado no  local, ao lado da cama do suspeito, uma faca e um facão, e acreditam que a intenção do pai era cortar o corpo da criança para depois queima

Ana Julia era estudante e tinha apenas nove anos de idade e um amor imenso pelo pai. Pela janela do quarto, a garota gritou por socorro e foi ouvida por vizinhos que de imediato chamaram o Corpo de Bombeiros. Sala, cozinha e banheiro foram os cômodos destruídos pelas chamas, o que sobrou foi apenas uma garagem com armários cheios, dois cachorros assustados e uma porta de vidro quebrada pelo calor do fogo.

Além de Ana Julia, Carlos deixou dois filhos de casamentos anteriores. Segundo Thainara Leles, que é técnica em enfermagem e nora de Carlos, ele apresentava sintomas de depressão que pode ter sido ocasionada pela separação de seu segundo casamento que durou um ano e meio. “Já faz dois meses que eles se separaram e as meninas falaram que ele apresentava alguns sintomas, mas de forma alguma reclamavam do comportamento dele, muito pelo contrário sempre demonstravam amor pelo pai”, afirma.

Para a irmã de Carlos, Odaíza Pereira Gomes que é cozinheira, ele não demonstrava ter depressão, já que na noite anterior ao crime estava passeando com as filhas e manifestando um comportamento ‘normal’. Segundo um vizinho, que não quis se identificar, Carlos devia uma quantia razoavelmente alta para ele e tinha combinado de receber ontem ao meio dia, em frente a um banco próximo a casa do suspeito, quando ele tentou entrar em contato com Carlos e não conseguiu, decidiu ir até a casa dele e se deparou com a tragédia.

Lucas Mendonça (Com informações de Joyce Cristina)

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Funcionário furta R$ 1,5 milhão de banco no ES e tenta fugir para o Uruguai

Um funcionário do Banco do Brasil no Espírito Santo foi flagrado pelas câmeras de segurança furtando R$ 1,5 milhão da tesouraria da agência Estilo, localizada na Praia do Canto, em Vitória. O crime ocorreu no dia 14 de novembro, quando Eduardo Barbosa Oliveira, concursado há 12 anos, deixou o local carregando o dinheiro em uma caixa de papelão por volta das 17h.

De acordo com a Polícia Civil, o furto foi planejado por Eduardo e sua esposa, Paloma Duarte Tolentino, de 29 anos. A dupla chegou a alterar a senha do cofre, adquiriu um carro para a fuga e embalou objetos pessoais, sugerindo uma mudança iminente.

Após o crime, os dois tentaram fugir percorrendo mais de 2.200 quilômetros até Santa Cruz, no Rio Grande do Sul, com o objetivo de cruzar a fronteira com o Uruguai. Contudo, foram presos no dia 18 de novembro graças à colaboração entre a polícia e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Compra do carro com dinheiro furtado

Durante as investigações, a polícia descobriu que Paloma esteve na agência no dia do furto para depositar R$ 74 mil, parte do valor roubado, e utilizou esse dinheiro para comprar o veículo usado na fuga. Com as informações obtidas na concessionária, as autoridades identificaram o carro e conseguiram localizar o casal, prendendo-os no mesmo dia.

O caso foi denunciado pelo próprio Banco do Brasil após perceber a ausência do montante em seus cofres.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp