Menina que perdeu parte do couro cabeludo sonha em ser jornalista e veterinária: ‘Me sinto uma heroína’ – Santa Maria 2024

Criança que perdeu parte do couro cabeludo em brinquedo de parquinho sonha em ser jornalista e veterinária; ‘Me sinto uma heroína’

Acidente foi em Santa Maria, em setembro deste ano. Maria Heloísa tem 9 anos e se recupera bem.

Maria Heloísa faz teste de entrada ao vivo para o jornal.

Maria Heloísa Souza, de 9 anos, passou por um 2024 desafiador. Em setembro, ela sofreu um acidente em um brinquedo giratório de um parquinho em Santa Maria, no Distrito Federal, e perdeu parte do couro cabeludo (saiba mais abaixo).

Três meses após o acidente, ela se recupera bem e já enxerga um futuro brilhante: sendo jornalista e veterinária.

> “De manhã eu faço veterinária e de noite eu faço jornalismo”, diz Maria Heloísa.

Durante a entrevista, ela fez uma passagem – momento em que a repórter aparece no vídeo e fala olhando diretamente para a câmera. Cá entre nós, achamos excelente! Quem sabe daqui a alguns anos é ela quem vai estar na telinha da Globo?

‘EU ME SINTO LINDA’

Maria Heloísa penteia cabelo que está crescendo após três meses do acidente.

Além do futuro profissional já planejado, Maria Heloísa diz que – mesmo com o bullying que sofre na escola por conta das cicatrizes do acidente – se vê como uma heroína linda. Vaidosa, ela cuida do cabelo que está crescendo.

> “Eu me sinto linda. Uma menina forte. Eu me sinto uma heroína. As vezes eu me olho no espelho e falo que eu sou muito guerreira”, diz a menina.

A mãe de Maria Heloísa, Beatriz Souza, diz que filha sempre foi muito forte e que ela era quem acalmava a família durante a recuperação. “Eu sofri muitas coisas que foram muito dolorosas, mas até hoje eu estou aqui, feliz, com meu rosto sorridente”, conta a menina.

RELEMBRE O CASO

Brinquedo giratório no qual Maria Heloísa se machucou.

O acidente foi no dia 3 de setembro, na quadra central 2 de Santa Maria. A Maria Heloísa ficou com os cabelos presos na estrutura do brinquedo giratório do parquinho.

Os ferimentos foram do supercílio até a nuca da criança e ela perdeu parte do couro cabeludo. Ela foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) e levada para o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) onde passou por cirurgia.

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Natal de detentas: refeição especial e amor no presídio do Entorno

Ceia atrás das grades: o Natal de detentas em um presídio do Entorno

Associação ofereceu 130 refeições para mulheres em situação de cárcere na Unidade Prisional Feminina de Luziânia

Intensificar ações que beneficiem quem mais precisa torna-se ainda mais importante nesta época do ano em que se celebra o nascimento de Jesus Cristo, com valores de solidariedade, amor, paz, fé e esperança. Para marcar o período e sobretudo a vida de mulheres privadas de liberdade, a Organização da Sociedade Civil (OSC) Ame Mulheres Esquecidas (A.M.E) proporcionou uma celebração natalina na Unidade Prisional Regional (UPR) Feminina de Luziânia – 3ª CRP, no DE.

Almoço especial, louvores, adoração, donuts natalino, brinde com guaraná, além de muita emoção, dignidade e acolhimento, marcaram a confraternização de 62 mulheres presas, dentre elas três grávidas, que não tiveram a oportunidade de cear com suas famílias na noite de Natal.

As celas, com grades trancadas por cadeados e camas fixas de concreto, deram espaço a duas grandes mesas postas, com direito à toalha vermelha, no pátio de banho de sol, com enfeites natalinos e uma deliciosa lasanha servida com arroz. O chef de cozinha do DF Marcelo Petrarca, doou 130 refeições e a empresária e chef da Monkey Donuts, Gabrielle Moura, voluntária do grupo, ofereceu 160 sobremesas.

O DE participou da ação e pôde constatar o impacto do trabalho para o bem-estar das mulheres encarceradas. Sob o comando das policiais penais, cada presa se sentou à mesa e recebeu o carinho das voluntárias da OSC.

Shaila classificou como gratificante o momento vivenciado na unidade prisional. “Muitas delas nunca se sentaram à mesa. Elas não têm mesas disponíveis para as refeições no dia a dia. Este momento significa muito e demonstra que elas são dignas de cear e se sentar na mesa de Deus”, destacou.

Por meio de ações que valorizam a dignidade humana, a A.M.E oferece, durante todo o ano, não apenas palavras de esperança, mas também iniciativas práticas, como cursos de capacitação, que abrem portas para um futuro diferente.

“O propósito da ação de Natal no presídio é promover a dignidade da pessoa humana, reafirmando que todos merecem respeito e cuidado, mesmo em contextos de privação de liberdade. Buscamos contribuir para a ressocialização, levando mensagens de esperança e reconciliação, enquanto pregamos o evangelho que restaura e transforma vidas”, enfatizou a fundadora da A.M.E, Shaila Manzoni.

Assista imagens da celebração:

Shaila conta que o sonho dela é fazer com que a A.M.E alcance todos os presídios femininos do Brasil, para que o país seja reconhecido como um dos mais seguros para se viver e com o menor índice de reincidência do mundo.

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