Menino atacado por cães em Anápolis, passa por cirurgia em Goiânia

O menino de 4 anos que foi atacado por um casal de cães da raça rottweiler, em Anápolis, a 50 km de Goiânia, passou por cirurgia no Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). Internado na na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Nycolas Ravy Sousa Oliveira, não tem previsão de alta.

De acordo com o boletim médico desta segunda-feira, 30, o estado de saúde do menino é estável. Ele deve ser transferido para a enfermaria ainda nesta segunda. Nycolas aguarda avaliação médica para saber se será preciso realizar enxertos.

A mãe do garoto, Janaína Sousa, trabalha como auxiliar de serviços gerais e relata estar precisando de ajuda para se manter em Goiânia. Ela mora sozinha com o filho, e deve ficar na capital até que ele tenha condições de voltar para a casa.

“Eu sou do Pará e moro sozinha em Anápolis. Parei de trabalhar para cuidar dele (Ravy) e preciso de ajuda para me manter em Goiânia, pois não temos previsão de sair daqui, e a renda que tinha era do meu trabalho”, disse Janaína ao G1.

Ataque de cães

Nycolas Ravy estava na casa da babá na manhã desta sexta-feira (27), no bairro Jardim Arco Verde, quando foi atacado por um casal de rottweilers. Os cães pertencem à mulher que cuidava da criança.

A babá chegou a acionar o SAMU, porém antes que a equipe chegasse à residência transportou o menino para uma UPA. Em seguida, ele foi transferido para o Hospital Municipal Alfredo Abraão, onde aguardou o encaminhamento para o Hugol.

O caso será investigado pela Polícia Civil (PC).

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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