Menino de Belford Roxo foram mortos por traficantes, conclui polícia

Mais de nove meses após o desaparecimento de três meninos em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, a Polícia Civil informou nesta quinta-feira (09) que já sabe quem os matou: os traficantes da favela Castelar.

Segundo o secretário da Civil, Allan Turnowski, os investigadores já têm os nomes, mas que eles só serão revelados depois de concluído o inquérito. O motivo dos homicídios seria o furto de passarinhos. Segundo Turnowski, o chefe do tráfico do Castelar foi executado como queima de arquivo, no Complexo da Penha, após a polícia avançar na investigação.

Lucas Matheus, Alexandre e Fernando Henrique sumiram no dia 27 de dezembro. Por meses, a polícia buscou pelas crianças. Até hoje, os corpos não foram encontrados. Segundo informações do G1, o inquérito ainda não foi concluído, mas a polícia já afirma a autoria de traficantes.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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