Mercadinhos dentro de condomínios fazem sucesso em Goiânia

Mercadinhos dentro de condomínios fazem sucesso em Goiânia

A solução para a despensa vazia, vontade de comer algo específico ou incrementar uma receita já não é mais apenas ir ao supermercado. Desde o início da pandemia da Covid-19, a alternativa para muitas pessoas tem sido ir aos mercadinhos dentro de condomínios. A proposta era reduzir aglomerações e manter o distanciamento social, mas passados dois anos, o conforto e a praticidade mantiveram esses locais como os preferidos dos moradores.

O serviço está presente em espaços com apartamentos ou casas. Ele funciona 24 horas, sendo alguns deles totalmente automatizados, sem nenhum funcionário. Os clientes encontram itens de primeira necessidade e podem comprar pagando com cartão ou PIX. A ideia fez tanto sucesso que os empreendimentos do gênero cresceram 12% entre 2020 e 2021, de acordo com o  Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

A tentação do pão quentinho e ausência de fila conquistou pessoas como a universitária Lara Eduarda Silveira. Ela mora em um residencial de apartamentos no Jardim Goiás. Por lá, a ideia foi bem aceita. Segundo ela, o mercadinho é acessível, sendo um pouco complicado apenas para quem não tem facilidade com tecnologia. 

“Tem tudo: arroz, feijão, óleo. Compro isso e também suco, refrigerante e doces. Vou muito quando as coisas acabam em casa.  É uma facilidade. Tem um aplicativo que você baixa, aparecem os itens que tem e aí é só retirar no mercado. Para pagar basta usar a máquina de passar cartão ou PIX”, diz.

Em Goiânia, uma empresa local criou uma rede que já tem três unidades na Capital e promete expandir e ousar apostando em lojas de rua. Segundo o sócio-proprietário da Vizy, Artur Castro, ela está nos Jardim Florença, no Jardim Paris e em um prédio no Setor Bueno desde fevereiro do ano passado. 

“São lojas autônomas em contêiner que funcionam 24 horas. Podem comprar moradores, terceirizados, funcionários das casas, por exemplo.  Apenas em uma loja temos funcionário para manter a organização e assar pão francês todos os dias.Os produtos que mais saem são os do dia a dia, como folhagens, pão francês, hortifruti, cerveja, chocolates, laticínios, picolés, que são campeões de vendas”, afirma.

Além disso, a empresa tem uma gôndola com espaço para moradores colocarem produtos que eles vendem. “Nossa ideia é sermos parceiros. Muitos moradores têm empresas ou fazem geleias, por exemplo. Colocamos em exposição e ficam à disposição para os clientes adquirirem”, detalha Artur.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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