O mercado de peixes em Cruzeiro do Sul, segunda maior cidade do Acre, enfrenta um desafio com o início do período de defeso de mais de 10 espécies de peixes, que começou em 15 de novembro. Mesmo com essa restrição, os comerciantes asseguram que possuem estoque suficiente para atender a demanda dos clientes até o final do período, em março.
Essa medida de proteção visa preservar as espécies mais comuns da Amazônia, que são muito apreciadas na região. O peixe é um dos alimentos mais valorizados pelos consumidores locais, devido ao seu sabor especial vindo dos rios da região. Com a proibição da pesca durante o defeso, o comércio de peixes de águas naturais sofrerá impacto. Ainda assim, no mercado de Cruzeiro do Sul, é possível encontrar algumas espécies que estão protegidas pela portaria do Ibama, como o mapará e o pirarucu.
Os pescadores e comerciantes estão se esforçando para manter as vendas e satisfazer os clientes, como o aposentado Francisco Maia, que destaca a importância do peixe em sua alimentação pela sua saúde. Mesmo durante o período de defeso, os vendedores garantem a disponibilidade de pescados na cidade. O presidente da Associação dos Vendedores de Peixe de Cruzeiro do Sul explica que o pescado ainda em estoque foi capturado antes da vigência da portaria de proteção às espécies.
Mesmo com a previsão de escassez de pescado de fontes naturais no mercado até o final de dezembro, o abastecimento não deve ser comprometido, graças à piscicultura da região. O presidente da associação destaca a força da piscicultura local e a capacidade de suprir a demanda durante todo o período de vigência da portaria do Ibama. A diversidade de peixes provenientes da piscicultura da região será fundamental para manter o mercado abastecido.
A região do Vale do Juruá possui uma produção significativa de peixes de piscicultura, que poderá suprir a demanda durante o período de defeso. A piscicultura local é considerada uma alternativa viável para garantir o abastecimento de peixes no mercado de Cruzeiro do Sul, mesmo diante das restrições de pesca impostas pela legislação. Com o apoio dos órgãos fiscalizadores e a declaração de estoque, os comerciantes esperam cumprir as exigências legais enquanto garantem o fornecimento de peixes aos consumidores. A preservação das espécies e a sustentabilidade do mercado de peixes são prioridades para manter o equilíbrio ambiental e econômico da região.