Última atualização 03/08/2022 | 08:31
O mercado de trabalho de segurança privada em Goiás se mantém estável, contrariando queda em nível nacional. A recuperação econômica no estado faz parte do conjunto de fatores que sustentam o segmento, que inclui poder de compra do serviço e nível de violência, e o coloca em 11º no ranking brasileiro de seguranças atuantes apontado no Anuário Brasileiro de Segurança Pública do ano passado.
“O setor cresce além da questão humana, ou seja, da vigilância armada. Existe ainda a escolta armada, guarda-costas e a parte eletrônica com alarmes, portarias remotas, câmeras…”, explica o presidente do Sindicato das Empresas do Setor de Segurança Privada (Sindesp-GO), Ivan Hermano.
Ele afirma que o setor viveu um aquecimento de forma geral, mas o momento pede mais profissionais em áreas especializadas voltadas para tecnologia e redes de informação. As vagas mais promissoras são de vigilância armada, técnico de segurança eletrônica e monitoramento de alarme.
Ivan ressalta que a segurança privada pode ganhar espaço no estado, conforme a economia se fortalece já que mais indústrias e empresas na ativa e mais pessoas adquirem residências geram demanda pelos serviços desse mercado.
Em junho, mais goianos realizaram o sonho de trabalhar com carteira assinada. A maioria começou a trabalhar no setor de serviços, no qual a segurança privada está inserida. A população em empregos formais superou a média registrada em todo o País com aumento de 0,90% no estado contra 0,67% no total nacional, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência.
Novos horizontes
A clientela é formada pelos setores público e privado. Uma das frentes em ascensão está relacionada à construção civil, especialmente nos empreendimentos voltados ao lazer. “Novos condomínios horizontais vêm aparecendo porque as pessoas têm buscado viver com mais segurança e nos de lazer, que antes eram simplesmente chácaras já há cercas cercas e segurança humana e eletrônica. É uma demanda das pessoas que compram esses imóveis”, aponta.
Um dos obstáculos para o crescimento da segurança privada são as empresas irregulares que prestam o serviço. O presidente do Sindesp-GO chama atenção para o risco dessa contratação e orienta os interessados a pesquisar a credibilidade do prestador. Ivan destaca que o funcionamento depende de aval da Polícia Federal.
A clandestinidade pode ocasionar dores de cabeça como problemas de funcionamento dos equipamentos, pessoal despreparado, má prestação de serviço e responsabilidade fiscal e criminal em caso de sinistro.
“As irregulares colocam em risco pessoas que as contratam sem saberem disso. Quem quiser informações das empresas sérias pode consultar uma lista das empresas autorizadas no site do Sindesp. É importante verificar a existência disso antes de uma contratação”, alerta.