Mercado de terapia holística cresce durante a pandemia da Covid-19

Em entrevista ao jornal Diário do Estado, a terapeuta holística e consteladora familiar, Moema Cristine, falou o que são e como essa forma de terapia, que está crescendo no mercado, está ajudando as pessoas que praticam.

Ela explica que o trabalho permite trazer para o paciente a conexão dele com as emoções dele, trazendo para ciência situações que podem ser mudadas ao longo do tempo. “A terapia holística a gente trabalha com crenças, padrões que podem ser trazidos dos nossos antepassados e que nos limitam a seguir uma vida melhor. A partir da terapia holística a gente consegue equilibrar esses padrões e trazer para a consciência o que está nos limitando a ter uma conexão maior com nosso próprio eu”, afirma.

Ela destaca que muitas crenças estão relacionadas ao trabalho, ao dinheiro, doenças. “Tudo aquilo que a gente aprendeu na infância, a forma como trazemos para vida e às vezes como passamos para os nossos filhos. Uma sessão de constelação familiar, a gente consegue identificar essas crenças e padrões entendendo que eles podem ser mudado, a partir do momento que permito conhecer as minhas potencialidades. E o terapeuta tem um papel importante quanto eles trazem ferramentas para alcançar isso”, relata.

Em relação ao número de pessoas interessadas no mercado holístico como profissão, ela explica que: ‘hoje o mercado holístico ganhou um espaço muito grande, o nosso trabalho é respeitado  e alcançou muitas pessoas. Eu trabalho com crianças a partir de dois anos até idosos. O terapeuta holístico trabalha a potencialidade, equilíbrio, tratar as emoções de forma leve e sem julgamentos, a gente trabalha muito a consciência todo. Diante do Criador somos todos um. Não trabalhamos com julgamento, mas sim trazer para o paciente o que ele tem de melhor”, explica.

Ela informa que durante o período de pandemia, aumentou bastante a busca pela terapia. “É uma terapia acessível, a gente tem falado muito nas redes sociais, em uma abordagem clara, que de para as pessoas entenderem. Comecei esse trabalho em 2014 e de dois para cá nosso fluxo de trabalho aumentou de forma significativa”, relata.

Sobre o tratamento com as crianças, ela explica que a criança já está pronta. “Muitas vezes ela possui uma compreensão que nós adultos não temos, então a gente trata muitas crianças com problema de separação dos pais, de interação, de aprendizado, de conversar. Dentro da terapia holística a gente já consegue trazer para elas esse espaço de forma leve e tranquila. Atender crianças é muito tranquilo, é um trabalho muito leve entre terapeuta e paciente. A gente entra na energia da criança e acabamos entendendo ela.”, afirma.

Já sobre a procura em relação aos adultos, ela relata que eles levam para o consultório muitos problemas relacionados ao conflito de crenças. “Profissionais que formaram e não se destacaram no mercado, pessoas com problema de sociabilidade, com crenças de merecimento, medo. São diversos tipos de crença que recebemos no consultório, mas também as intuições que não foram vividas, os traumas que ficaram na infância. Na terapia holística a gente trata muito o trauma, indo na raiz da crença para entender o porquê está passando por aquilo e como mudar. A gente dá para o paciente a condição dele resolver o problema dele mesmo com fluidez, sem cobrança, sem pressão.”

Sobre a dinâmica da constelação familiar, ela explica que realiza com pessoas e com os bonecos. “Devido a pandemia, por questões de cuidado, estamos usando mais os bonecos. Trabalhamos dentro da constelação esses padrões. Tem pessoas que trazem situações relacionadas a dinheiro, então quando você coloca no tambor você observa que padrões, da onde está trazendo isso, da onde veio essa escassez. E dentro da constelação, trazendo para a consciência que ela não precisa honrar esses padrões, a gente consegue mudar a história.”

Para quem possui dúvidas sobre o porquê procurar terapia holística, ela afirma que: “hoje Goiânia é um mercado bem rico, nós temos excelentes mestres. Quando fui fazer a formação, eu procurei alguém que fosse bom no que fazia. Quando forem procurar um profissional ou fazer um curso, avaliem, se vai ser algo que vai valer a pena, acrescentar algo na vida de vocês. Ser terapeuta é amar, doar, compreender, sair do julgamento. A terapia holística traz muitas ferramentas positivas de trabalho”, encerra.

 

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Vídeo: Circulação de fake news fez Goiás cair índice a cobertura vacinal infantil

Devido às baixas procuras por vacinas, em função da pandemia de Covid-19 e circulação de fake news, Goiás deu início nesta segunda-feira, 8, à Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e de Multivacinação para Atualização da Caderneta de Crianças e Adolescentes. O objetivo é reduzir o risco de transmissão de doenças imunopreveníveis, como a paralisia infantil, sarampo, catapora e caxumba. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%, ou seja, longe do ideal que 95%.

De acordo com a gerente do Plano de Nacional de Imunização (PNI) da Secretaria de Estado de Goiás, Clarice Carvalho, durante o período crítico da pandemia da Covid-1, no estado, muitos pais deixaram de levar as crianças até uma unidade de saúde para atualizar o cartão de vacinação. O medo, em parte, estava relacionado à doença, porém, a circulação de informações falsas contribuíram com o quadro.

“Muitas pessoas tinham receio de ir até uma unidade de saúde para se vacinar, mesmo estas unidades estando preparadas para acolher as pessoas. Ainda houve um receio, mas devido a circulação de fake news, informações incorretas, informações falsas, abordando a segurança da vacina”, explicou Clarice.

Para esse público, que ficou sem vacinar durante os últimos dois anos, os profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) vão elaborar um plano para que o esquema vacinal fique completo.

Além disso, de acordo com a gerente do PNI, em Goiás, diversos municípios já atuaram ativamente para buscar as crianças que precisam de algum imunizante.

“Os municípios têm trabalhado sim nesta busca ativa, indo nas casas, principalmente, para vacinar as crianças de acordo com as doses programadas para a sua idade”, explicou Clarice.

*Entrevista completa ao final do texto*

Multivacinação Infantil

A Campanha de Multivacinação está aberta em todos os 246 municípios goianos, com objetivo de sensibilizar pais e responsáveis a levarem as crianças e adolescentes aos postos de saúde para completarem o cartão vacinal.

Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) mostram que, nos últimos anos, as coberturas vacinais de todas as vacinas estão bem abaixo de 95%, meta preconizada pelo Ministério da Saúde (MS) para garantir a proteção coletiva de toda a população infantil. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%.

Risco

O Brasil já convive com a reintrodução de doenças que já haviam sido erradicadas. Dois anos depois da concessão do Certificado de País Livre do Sarampo, com a circulação do vírus dessa doença e a transmissão por mais de 12 meses consecutivos, o país perdeu essa certificação. De 2019 a 2020, foram 20 casos notificados em Goiás.

Também a difteria, que havia sido controlada, deixando de ser uma preocupação dos gestores de saúde, voltou a apresentar casos isolados. O último caso da doença havia sido notificado em 1998. Neste ano, foi registrado um caso da enfermidade, em Santa Helena de Goiás.

Com o vírus da poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, circulando em países da África e diante das baixas coberturas registradas nas crianças brasileiras, existe o risco do retorno dessa doença, prevenida com apenas duas gotinhas da vacina Sabin.

O Brasil não cumpre, desde 2015, a meta de imunizar 95% do público-alvo vacinado contra a poliomielite, patamar necessário para que a população seja considerada protegida contra a doença.

Sarampo, tétano, difteria, poliomielite, tuberculose, coqueluche, meningites e várias outras doenças são prevenidas com vacinas seguras, testadas e usadas há mais de 30 anos com sucesso no Brasil.

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