Mesmo com maior qualificação, mulheres chegam a receber R$ 700 a menos que homens

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Mesmo com maior qualificação, mulheres chegam a receber R$ 700 a menos que homens

Um dado alarmante reforça a necessidade de garantir a igualdade de gênero no País. As mulheres brasileiras recebem R$ 683 a menos que homens na mesma função, de acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em porcentagem, elas chegar a ter os rendimentos achatados em 22% simplesmente por serem do sexo feminino. 

 

O cenário é formado por mais mulheres aptas ao mercado de trabalho, mais chefes do próprio lar e maior número delas entre os desempregados. A desigualdade em relação aos homens ganhou mais uma ferramenta de combate nesta semana com a sanção de uma lei que promete garantir a igualdade salarial entre os gêneMesmo com maior qualificação, mulheres chegam a receber R$ 700 a menos que homens na mesma função com mais fiscalização. 

 

As trabalhadoras entre 25 e 49 anos recebem 20,5% menos que eles. Na prática, os homens ganham mensalmente a média de R$ 2.579, enquanto as mulheres faturam apenas R$ 2.050. No caso de parte delas, a jornada de trabalho inclui ainda atividades domésticas e de cuidado com os filhos. 

 

“A gente está vendo uma estagnação da desigualdade de renda e de desocupação entre homens e mulheres, o que é algo preocupante. Empregadores, de modo geral, discriminam homens e mulheres no mercado de trabalho. Muitos afirmam que é pelo maior custo de empregar uma mulher, ali muito associado à licença maternidade e aos primeiros anos da maternidade da mulher, que são mais custosos para a empresa”, esclareceu o pesquisador da FGV Ibre, Daniel Duque, em entrevista ao Jornal Nacional.

 

O indicador positivo é que a taxa de desigualdade salarial registrada no ano passado foi menor, apesar do longo caminho até a concretização dos direitos constitucionais. Um caminho alternativo para muitas mulheres interessadas em aumentar a renda, flexibilizar horários e fugir do desemprego é abrir o próprio negócio. Goiás fica em quarto no ranking nacional de mulheres empreendedoras, com 36% do total, conforme dados do  Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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