Mesmo com prazo maior, 100 mil goianos ainda não declararam IR

Segundo a Receita Federal em Goiás, cerca de 100 mil goianos ainda não declararam o Imposto de Renda (IR). Este número representa cerca de 10% do total de um milhão de declarações esperadas em Goiás. A Receita aumentou o prazo em um mês e recebe os dados até esta terça-feira (31)

Segundo o auditor fiscal da Receita Federal e supervisor do Imposto de Renda (IR) em Goiânia, Jorge Martins, os goianos costumam deixar a declaração para os últimos dias. “Nos anos anteriores, sempre deixaram. Neste ano, está um pouco melhor porque houve prorrogação do prazo, com um mês a mais”, comenta. De acordo com Martins, o processo para declarar o IR vem exigindo mais.

“A declaração deste ano está mais trabalhosa e leva mais tempo, embora o programa esteja melhor. A questão é que tivemos mudança no perfil do brasileiro em relação a aplicações financeiras e declarações que têm aplicações são mais demoradas”, explica.

O tempo para fazer a declaração varia, podendo ser de 15 minutos, mas também horas. O supervisor do IR em Goiânia alerta para o risco de deixar para as últimas horas do último dia declarações, já que a declaração é feita pela Internet. “A concorrência no site é nacional. Cerca de 3,4 milhões de declarações são esperadas entre os brasileiros e, em alguns momentos, o site pode sair do ar por isso. Muitas pessoas costumam entregar no mesmo horário, principalmente no fim da tarde”, afirma.

A multa mínima para quem não declara o IR é de R$ 165, 74, variando de 1% a 20% ao mês, calculados sobre o valor do imposto. “Além disso, quem precisa declarar e não faz, fica com CPF pendente de regularização e, nesse caso, não pode comprar ou vender imóveis, nem receber benefícios do INSS, abrir conta bancária ou tirar passaporte”, alerta Martins.

 

 

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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