Última atualização 09/02/2024 | 16:36
Na última terça-feira, 6, a Meta anunciou o desenvolvimento de uma ferramenta que identificara qualquer imagem gerada por meio da inteligência artificial (IA). Segundo Nick Clegg, presidente de assuntos globais da empresa, a medida será aplicada no Instagram, Facebook e Threads.
Apesar da empresa já contar com marcadores nas imagens criadas a partir do Meta IA, lançado em dezembro, o objetivo agora é minimizar a proliferação de deepfakes, ainda que geradas por concorrentes, como Google, OpenAi, Microsoft, Adobe, Midjourney e Shutterstock.
“Nós estamos desenvolvendo este recurso agora e, nos próximos meses, poderemos aplicar etiquetas em todos os idiomas suportados por cada aplicativo. Seguiremos essa abordagem durante o próximo ano, que ocorrerá uma série importante de eleições ao redor do mundo”, afirmou o executivo. Nick afirmou ainda que estudos estão feitos para aprimorar ainda mais os conhecimentos sobre o IA, assim como os compartilhamentos delas.
Risco do IA
As imagens falsas criadas por meio da Inteligência Artificial têm virado febre nos últimos anos. No entanto, esse método traz uma série de problemas e preocupações contra pessoas que utilizam a ferramenta para causar transtorno.
Uma das maiores alertas neste momento é o uso para o compartilhamento de fotos falsas com objetivo de gerar caos político, especialmente quando vem acompanhado de notícias falsas. A preocupação aumenta ainda mais neste ano, quando quase metade da população mundial irá às urnas.
Além do risco político, ativistas e reguladores ainda defendem que os desenvolvimentos de programas de IA generativa podem resultar em um fluxo incontrolável de conteúdos degradantes em diversas áreas.
De acordo com Nick Clegg, a ferramenta pretende minimizar a proliferação destas imagens “dentro dos limites do que a tecnologia permite atualmente”. “Não é perfeito, não vai cobrir tudo, a tecnologia não está totalmente pronta. Mas, até agora, é a tentativa mais avançada a fornecer transparência significativa para todo mundo”, garantiu Clegg à AFP.