Meta é multada em € 251 milhões por violação de dados de usuários do Facebook

A União Europeia multou a Meta em 251 milhões de euros por falhas de segurança que resultaram na violação de dados de 29 milhões de usuários do Facebook em 2018. A empresa de Mark Zuckerberg anunciou que pretende recorrer da decisão, divulgada nesta terça-feira, 17.

A vulnerabilidade permitiu que hackers acessassem informações pessoais, como nome completo, contatos, localização e até dados relacionados aos filhos dos usuários. O problema estava na função “exibir como”, que permite visualizar o perfil como um visitante. Ao ser ativada, a funcionalidade expunha os dados para exploração.

Na época, a Meta notificou a Comissão de Proteção de Dados da Irlanda (DPC) e corrigiu a falha pouco tempo depois. O órgão, responsável pela aplicação do Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) na União Europeia, informou que aproximadamente 3 milhões dos usuários afetados estavam na UE e no Espaço Econômico Europeu.

Graham Doyle, vice-comissário da DPC, afirmou em comunicado que “as vulnerabilidades permitiram a exposição não autorizada de informações de perfil, representando um grave risco de uso indevido desses dados.”

Essa não é a primeira penalização da Meta por violações de privacidade. Em 2023, a empresa recebeu uma multa recorde de 1,2 bilhão de euros. Somadas, as penalidades aplicadas pela DPC desde 2018 já alcançam cerca de 3 bilhões de euros.

A Meta declarou que atua amplamente para proteger a privacidade dos usuários em suas plataformas, como Facebook, Instagram e WhatsApp, e reiterou que recorrerá da decisão.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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