Metade das crianças goianas está com esquema vacinal incompleto

Sete das nove vacinas ideais para crianças abaixo de dois anos de idade estão muito abaixo da meta nacional de cobertura, alcançando menos da metade do público com essa faixa etária. (Foto: Isabella Mayer / Prefeitura de Curitiba)

Menos da metade dos bebês e crianças goianos estão com o esquema vacinal completo para a faixa etária. A preocupação é com o risco à saúde individual e pública com a chance de retorno de doenças erradicadas, como sarampo e difteria. Os dados alarmantes são da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO). 

A pasta revela que sete das nove vacinas para os pequenos de até dois anos de idade tiveram abaixo de 50% de cobertura nesse público até o dia 20 de junho deste ano. São elas: BCG, Rotavírus, Meninge C, Pentavalente, Pneumocócica 10, Poliomelite, Febre Amarela, Hepatite A e Tríplice Viral.

As menores adesões têm sido aos imunizantes contra febre amarela, transmitida por mosquito, hepatite A e poliomelite, causadora da paralisia infantil. Na campanha de vacinação mais recente encerrada neste sábado (25) contra gripe e sarampo a procura também ficou muito abaixo da estimativa preconizada sendo de 45% e 38%, respectivamente.

A tendência registrada desde 2016 piorou no ano passado devido à pandemia. Números parciais do DataSus já apontam que a meta de vacinação infantil não deverá ser alcançada. Enquanto o porcentagem ideal de crianças imunizadas é entre 90% e 95%, a de BCG, contra tuberculose, está em pouco mais de 53%, por exemplo. Em Goiás, começam a reaparecer casos de sarampo e difteria, cujo último registro havia ocorrido em 1988. 

O valor investido pelo governo federal na publicidade da vacinação sofreu um corte de 66%, passando de R$ 97 milhões para R$ 33 milhões, segundo dados do Ministério da Saúde referentes ao período entre 2017 e 2021.

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