Metanol em bebida: 300 vezes acima do limite em casos de intoxicação em Pernambuco

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Bebida consumida por homens intoxicados tinha 300 vezes mais metanol do que o permitido, de acordo com o perito responsável pela investigação. Nesta segunda (13), Pernambuco confirmou os três primeiros casos de intoxicação por essa substância, enquanto ainda investiga outras 27 situações suspeitas. As garrafas analisadas continham uma quantidade de metanol muito acima do limite estabelecido pela legislação, conforme explicou o perito Rafael Arruda, do Instituto de Criminalística.

Segundo as análises laboratoriais realizadas, a concentração de metanol encontrado na bebida ingerida pelas vítimas chegou a ser 300 vezes superior ao valor legalmente permitido. Em um dos casos, a quantidade da substância no sangue das vítimas estava cinco vezes acima do nível recomendado para iniciar o tratamento médico. Essa situação chamou a atenção das autoridades locais e gerou preocupação na população.

A norma do Ministério da Agricultura e Pecuária estabelece um limite de 20 ml de metanol para cada 100 ml de álcool anidro presente nas bebidas destiladas. Acima dessa quantidade, o metanol se torna altamente tóxico e capaz de gerar graves consequências para a saúde de quem o ingere. O estado de Pernambuco já tem um total de 48 casos suspeitos de intoxicação por metanol, com 27 deles ainda em processo de investigação.

Os três casos confirmados envolvem homens residentes de Lajedo, no Agreste de Pernambuco. Dois dos pacientes morreram e outro ficou com sequelas oculares após a ingestão da bebida contaminada. A rapidez na coleta de exames é crucial para confirmar a intoxicação, dado que o corpo metaboliza o metanol em um curto período de tempo, dificultando a detecção da substância em análises posteriores.

Além disso, o governo de Pernambuco informou sobre a prisão de um indivíduo suspeito de adulterar bebidas trazidas de São Paulo. O homem foi detido na sua residência e as autoridades estão investigando a possível relação entre essa adulteração e os casos de intoxicação registrados. O perito responsável pelas investigações destacou a importância do avanço nos trabalhos para identificar vítimas adicionais e esclarecer detalhes sobre o caso. Até o momento, a situação segue em segredo, com as autoridades buscando solucionar esse grave problema de saúde pública.

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