Meteorito de 27kg e 4,5 bilhões de anos é encontrado em zona rural da Paraíba

Meteorito

Meteorito de 27kg e 4,5 bilhões de anos é encontrado em zona rural da Paraíba

O primeiro meteorito da Paraíba foi encontrado na cidade de Nova Olinda, no Sertão paraibano. Segundo o presidente da Associação Paraibana de Astronomia, Marcelo Zurita, a rocha foi encontrada em novembro de 2014, mas a informação apenas foi divulgada agora por conta da confirmação de se tratar de um meteorito.

A rocha espacial já foi analisada, classificada e recebeu o nome de Nova Olinda, referência à cidade onde foi encontrada. Segundo a Associação Paraibana de Astronomia, essa é a primeira vez que um meteorito é encontrado na Paraíba e agora, eles tentam mantê-la como peça no Estado.

Meteorito encontrado por irmãos

O meteorito Nova Olinda foi encontrado em 2014 pelos irmãos Edsom Oliveira da Silva e João Oliveira da Silva, que, na ocasião, procuravam ouro com a ajuda de um detector de metais, em uma fazenda da zona rural do município de Nova Olinda. Em determinado local, próximo a um lago, o detector apitou avisando que havia algo grande por lá. Eles cavaram com uma picareta e encontraram a rocha, que tem cerca de 26,93kg.

Como ela era diferente de outras rochas encontradas na região, os irmãos acabaram a levando para casa e Edsom  colocou o meteorito como enfeite em sua mesa de jantar.

Por cinco anos, a rocha funcionou como adorno para mesa de jantar de Edsom. E estaria lá até hoje, como se não uma pedra vinda do espaço. Apenas após a queda de outro meteorito, em agosto de 2020 no munícipio de Santa Filomena, Pernambuco, que o homem percebeu que poderia se tratar de uma rocha espacial.

Após pesquisas, ele entrou em contato com André Moutinho, pesquisador e colecionador de meteoritos. Moutinho orientou o homem a realizar os primeiros testes e, com a possibilidade de se tratar de um meteorito, uma amostra foi retirada e enviada até São Paulo, onde o pesquisador confirmou que se tratava de uma rocha espacial. A partir daí, entrou em contato com pesquisadores para realização das análises física, química e petrográfica para classificação.

Análise

As análises foram feitas através de uma parceria entre pesquisadores da Universidade de Alberta (Canadá) e um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Essa foi a segunda análise feita em um meteorito metálico no Brasil.

O meteorito Nova Olinda, é metálico, composto basicamente de ferro e níquel, além de outros materiais em menor concentração. Ele foi classificado como um octaedrito IIAB, que têm a menor concentração de níquel entre os meteoritos metálicos.

De acordo com análise feita em isótopos de meteoritos semelhantes, a rocha teria vagado por cerca de 4,5 bilhões de anos, no período da formação solar. Mas ainda é difícil dizer há quanto tempo o meteorito Nova Olinda teria caído na Terra. Devido a deterioração da terra, é estimado que a queda tenha ocorrido há alguns milhares de anos e permanecido enterrado por todo esse tempo, até ser encontrado pelos irmãos.

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Astrônomos descobrem asteroide com três luas

Astrônomos descobrem asteroide com três luas

Astrônomos descobriram um novo segredo do asteroide 130 Elektra, que abrigava duas luas já identificadas, na verdade o asteroide 130 Elektra é o primeiro asteroide quádruplo encontrado no sistema solar.

Elektra foi descoberto em 1873, em órbita em um cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter. Com um formato retangular e 257 km de diâmetro em seu lado mais prolongado ele é considerado um asteroide relativamente grande e dá uma volta no Sol a cada cinco anos terrestres, segundo informações do site HeroMag.

A novidade sobre o asteroide teve inicio em 2003, quando os cientistas encontraram a primeira lua o orbitando, já a segunda lua foi identificada em 2014. Apesar de ser interessante, as descobertas não mostraram nada de excepcional sobre ele, já que mais de 150 asteroides já conhecidos tem uma ou duas luas.

“Múltiplas luas podem ser encontradas em torno de grandes asteroides”, explicou Bin Yang, astrônoma do observatório europeu do sul, no Chile, que descobriu a segunda lua orbitando o asteroide.

Novas descobertas

Entretanto a história foi além, apenas quando uma equipe do Instituto de Pesquisa Astronômica Nacional da Tailândia, formado pelo pesquisador Anthony Berdeu e alguns colegas, usaram imagens feitas por um telescópio da estrutura chilena para olhar o Elektra mais de perto, encontrando evidências de que uma terceira lua foi encontrada  escondida dentro das órbitas das outras duas luas.

“Este é o primeiro asteroide com três luas”, disse o Dr.Berdeu em entrevista ao site de ciências. “Nós estamos muito confiantes, é bastante animador.” declarou.

Os resultados vistos foram significativos o suficiente para publicação na revista científica Astronomy & Astrophysics.

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