Do coral de uma igreja pentecostal na Zona Leste de SP para as pistas de música eletrônica: quem é Mia Badgyal

Cantora que mistura funk, eletrônico e reggaeton em discos que celebram o corpo e a autonomia, buscando levar a música pop para a cena underground, Mia Badgyal é um dos nomes em ascensão na cena pop paulista.

É sempre desafiador determinar o fator determinante na formação de um artista e sua capacidade criativa, porém, muito disso está ligado à sua origem e até mesmo à sua religião. Mia Badgyal, aos 28 anos, é um exemplo disso.

A primeira experiência da artista com a música aconteceu em uma igreja pentecostal, onde dedicou sua infância ao canto. Mia destaca a importância desse ambiente na sua formação artística e cultural, que proporcionou contato com diversas expressões artísticas, como teatro e dança.

Apesar de ter iniciado na igreja, Mia decidiu se distanciar desse ambiente religioso na adolescência, o que a afastou temporariamente da música. No entanto, o seu retorno ao cenário musical foi marcado por uma busca por novas influências e experimentações.

O projeto NOVAS FREQUÊNCIAS, do G1 SP, apresenta uma série de entrevistas com artistas e produtores de São Paulo que estão explorando novos gêneros e sonoridades na música. Mia Badgyal tem se destacado nesse cenário, colaborando com diversos artistas e lançando dois álbuns nos últimos anos.

Com os álbuns “Emergência” e “Mucho Sexy”, Mia apresenta uma sonoridade que mescla o eletrônico com o latino, explorando novas possibilidades sonoras e buscando estabelecer sua presença na cena underground. Seu trabalho tem sido elogiado pela experimentação e pela mistura entre o pop e o eletrônico.

Ao lado do produtor Fuso, Mia Badgyal trabalhou na construção de seu novo trabalho, incorporando elementos do funk e do eletrônico, criando um universo sonoro único dentro de suas músicas. Essa abordagem experimental tem permitido à artista transitar entre o pop e o underground de forma inovadora.

Com o álbum “Mucho Sexy”, Mia busca inserir o pop nas pistas de dança underground, combinando letras chicletes com batidas poderosas. A proposta é desafiar os limites entre o pop e o underground, criando uma sonoridade única e envolvente que conquista cada vez mais o seu espaço no cenário musical.