A Justiça não reconheceu o direito do ex-patrão de Michael, que reivindicava 20% dos salários e de todos os outros ganhos do jogador do Flamengo nos últimos cinco anos. O dono da empresa de montagem de gesso em Goiânia, Alessandro Ribeiro Melo, alegou ter feito um acordo verbal para apoiar a carreira do atleta quando ele tinha 17 anos e trabalhava como gesseiro. Segundo o empresário, ele investiu na formação do jogador, cobrindo despesas de moradia e alimentação.
No entanto, a 8ª Câmara de Direito Privado negou o recurso do empresário e julgou improcedente o pedido, confirmando a sentença da primeira instância. A 34ª Vara Cível, onde a ação foi julgada inicialmente, decidiu que o empresário não apresentou provas de contrato formal ou investimento na carreira do jogador, que iniciou sua vida profissional em Goiânia. Dirigentes do Goianésia também testemunharam que Alessandro não participou de negociações esportivas envolvendo Michael e o clube.
Ademais, como Michael era menor de idade no momento em que o empresário alega ter firmado o pacto verbal, ele não teria capacidade legal para assumir compromissos sem assistência legal, conforme estabelece o Código Civil. O sucesso profissional do jogador resultou em uma decisão favorável a ele, com a justiça negando os direitos reivindicados por seu ex-patrão. Assim, o atacante do Flamengo saiu vitorioso desse litígio, demonstrando que a regulamentação e formalização de acordos são fundamentais no cenário esportivo.




