A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro fez críticas neste domingo à aproximação de integrantes do PL no Ceará com o ex-governador Ciro Gomes. Durante o evento de lançamento da pré-candidatura de Eduardo Girão ao governo do estado, Michelle expressou desaprovação pela aliança feita entre seus correligionários e Ciro. Em resposta, o presidente estadual do PL, André Fernandes, justificou que a decisão contou com o aval do ex-presidente Jair Bolsonaro, mesmo antes de sua prisão.
Michelle destacou que fazer uma aliança com alguém que se opõe ao líder da direita não seria benéfico. Ela enfatizou que trabalhará para eleger Girão e criticou a precipitação na formação da aliança. Por trás do apoio ao ex-governador, André Fernandes visa fortalecer a candidatura de seu pai, o pastor Alcides Fernandes, ao Senado.
As divergências de opiniões vem à tona, já que Michelle já havia demonstrado desapontamento com Ciro em um vídeo anterior. Fernandes, por sua vez, respondeu às críticas da ex-primeira-dama afirmando que a escolha teve respaldo do ex-presidente. Ciro, que recentemente mudou do PDT para o PSDB, é cogitado como possível concorrente ao governo cearense.
As movimentações de Michelle em relação aos rumos do partido têm influenciado outros estados, como Santa Catarina e o Distrito Federal. Os filhos do ex-presidente têm se manifestado contra a possibilidade de Michelle suceder Bolsonaro nas próximas eleições. Em um evento em Fortaleza, Michelle foi chamada de ‘presidenciável’ pelo ex-deputado Deltan Dallagnol, assim como o governador de Minas Gerais, Romeu Zema.




