Microsoft compra Activison Blizzard por US$ 68 bilhões

A Microsoft anunciou que está finalizando a compra da Activison Blizzard, empresa responsável por grandes franquias como Call Of Duty, Overwatch, Diablo e mais. A transação terá um valor total de US$ 68,7 bilhões (R$ 378 bilhões). A transação é a maior da história dos games.

Em comunicado oficial, a empresa confirmou a transação e deu as boas vindas para os novos jogos que entrarão em seu catálogo. A Activision Blizzard passa por uma crise em relações públicas, como o caso da Suíte Cosby que afundado a empresa em polêmicas.

”Quando a transação for finalizada, a Microsoft será a terceira maior empresa de games do mundo em receita, atrás de Tencent e Sony. A aquisição planejada inclui franquias icônicas da Activision, Blizzard e King, como Warcraft, Diablo, Overwatch, Call of Duty e Candy Crush, além das atividades globais de esports por meio da Major League Gaming” diz a declaração da Microsoft.

A aquisição é coerente com a postura da Microsoft nos últimos anos: a empresa adotou um métodos bastante agressivos no mercado, colocada uma série de grandes estúdios em seu guarda-chuva. Até o momento, a maior compra havia sido a Bethesda, que foi vendida por US$ 7,5 bilhões, quase dez vezes menos que o valor pago pela Activision.

Com a Activision Blizzard de tornando parte da família Microsoft, o impacto no Xbox Game Pass é quase imediato: a expectativa é que jogos como Call Of Duty, Overwatch e Diablo passem a fazer parte do serviço por assinatura da Microsoft, que já possui um catálogo extenso.

Por outro lado, os ”novos ares” podem trazer um bom recomeço para a Activision Blizzard, que está afundada em polêmicas ligadas à cultura de trabalho tóxico na empresa. Como o caso da Suíte Cosby e até mesmo a troca de nome de McCree, um dos personagens do Overwatch, refletem que a empresa não está em uma das suas melhores épocas.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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