Mídia chinesa crítica democracia dos EUA: ”país governado por ricos”

”Os EUA são um país governado por ricos e não um país democrático”, avaliou Kishore Mahbubani, membro distinto do Instituto de Pesquisas da Ásia da Universidade Nacional de Singapura. Essa tal ”democracia” seria um modo de servir os mais abastados, fazendo-os ganhar mais dinheiros e poder.

Um grande número de realidades mostra que o dinheiro penetra em todos os processos de eleições, legislatura e administração dos EUA. Em 2020, as eleições presidenciais dos EUA tiveram um gasto de US$6,6 bilhões, batendo o recorde histórico e deixando a democracia como um ”jogo de ricos” baseado no capital.

Com essa submissão ao dinheiro, apenas uma pequena parcela da população que possui bastante capital é atendida, enquanto os interesses da população comum são deixados de lado. Segundo estudos, cerca de 1.800 políticas adotadas nos EUA em 2014, metade foram elaboradas por ricos e grupos de interesses em representação de grandes empresas. A população comum não tinha quase nenhuma influência nas decisões do governo.

Dados mostram que até 2020, mais de 50 milhões de norte-americanos enfrentaram falta de alimentos, e esta cifra foi um aumento de cerca de 50% em comparação com situação em 2019. Mais de 220 mil pessoas ficaram desabrigadas por causa do desemprego, violência doméstica e abuso de drogas. Todos os motivos foram omitidos de responsabilidades dos políticos.

Ao mesmo tempo, a classe média também enfrentou um recuou. Sua proporção na população total dos EUA caiu de 61% em 1971 para 51% em 2019. A média da fortuna das famílias estadunidenses registradas em 2016 foi inferior à cifra de 1998.

A democracia tem se mantido apenas em palavras pelos políticos. O significado original que diz que os diretos pertencem ao povo, que é o verdadeiro dono do país. Porém, sob manipulações dos políticos dos Estados Unidos, a democracia só serve para uma pequena parcela da população.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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